Tivi Pato Branco, 09 de março de 2025
Segurança

Ficha criminal de suspeito de matar jornalista em Curitiba tem registros por roubo e extorsão

Jhonatan Barros Cardoso é suspeito de amordaçar e matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas. Há denúncias envolvendo o nome dele em outras cidades do Brasil.

Por G1/PR

Atualizado em 08/03/2025 | 09:02:00

Jhonatan Barros Cardoso, suspeito de amordaçar e matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, tem uma extensa ficha criminal, com registros de crimes como roubo e extorsão, segundo a Polícia Civil do Paraná.

Ele foi preso na quinta-feira (6), por dois crimes de extorsão cometidos em fevereiro. A prisão foi dois dias após o crime que vitimou o jornalista, encontrado morto na quarta-feira (4) dentro da própria casa com sinais de estrangulamento, com as mãos amarradas e amordaçado com uma fita que cobria a boca e o nariz.

Em 2024, Jhonatan Barros Cardoso foi citado em uma ocorrência na qual uma vítima afirmou ter pagado por uma consulta de massoterapia que nunca aconteceu.

O suspeito também é citado em denúncias de outras cidades do Brasil.

Em Manaus, ele também se passava por massoterapeuta nas redes sociais e passou a chantagear uma vítima ameaçando divulgar um vídeo gravado durante a sessão.

Também no Amazonas, outra denúncia afirma que o suspeito se passou por funcionário de uma gráfica para enganar clientes com produtos que não eram entregues.

Prisão por assalto

Em agosto de 2024, o homem chegou a ser preso por conta de um assalto. De acordo com o Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE), a equipe foi acionada para atender uma ocorrência de um assalto dentro de um apartamento no bairro São Francisco, em Curitiba.

Na ocasião, conforme a BPRONE, a vítima afirmou que havia combinado um encontro amoroso com o suspeito, que, no local, foi agressivo e deu voz de assalto. Ele estava com um simulacro de arma de fogo, bateu na vítima e a obrigou a fazer transferências por pix. Além disso, fugiu levando um celular e chaves de carro e do apartamento.

A polícia rastreou o celular roubado e encontrou Jhonatan em um pensionato no Centro de Curitiba. Todos os pertences da vítima estavam com o suspeito, que admitiu o crime e afirmou que estava viciado em jogos eletrônicos, motivo pelo qual cometeu o assalto.

Pelo caso em questão, ele foi preso em flagrante e ficou cerca de quatro meses detido.

Segundo a Polícia Civil, poucos dias após ser solto, o suspeito cometeu outros dois crimes de extorsão. Uma das vítimas teve um prejuízo de R$ 20 mil.

Ao menos seis vítimas identificadas

Conforme a polícia, ao menos seis vítimas do suspeito foram identificadas.

De acordo com a corporação, após cometer os crimes de extorsão, o suspeito pegava o celular das vítimas e apagava possíveis conversas e mensagens trocadas com elas para dificultar a identificação.

A polícia reforça que outras pessoas que foram vítimas de Jhonatan e não registraram Boletim de Ocorrência procurem a corporação para auxiliar nas investigações.

Assassinato de jornalista

Cristiano Luiz Freitas, de 46 anos, foi encontrado morto por vizinhos que entraram na residência depois de ver um carro saindo do local e deixando o portão da casa aberto.

Momentos antes, eles ouviram gritos e acionaram a Polícia Militar (PM-PR) acreditando que se tratava de uma ocorrência de violência doméstica.

A polícia suspeita que Cristiano o conheceu em um aplicativo de relacionamento, conforme o modus operandi do suspeito em outros crimes.

Outro indício para a polícia é que a própria vítima abriu o portão de casa para o homem, o que leva a corporação a acreditar que Cristiano havia combinado de se encontrar com o suspeito.

Câmeras de segurança registraram Jhonatan chegando à casa da vítima momentos antes do crime.

Jhonatan Barros Cardoso foi preso na quinta-feira (6) após ser localizado em um flat no Centro da capital paranaense. Durante a tarde ele foi interrogado, mas preferiu ficar em silêncio.

O advogado Valter Ribeiro Júnior, responsável pela defesa de Jhonatan, nega que tenha praticado o crime de latrocínio – roubo seguido de morte.

Segundo o advogado, Jhonatan é garoto de programa e o "houve um desentendimento entre ele e o jornalista, dentro do contexto de um programa sexual, contratado pela vítima".

"Houve uma discussão acalorada e, posteriormente, um embate físico que, infelizmente, terminou na morte do jornalista", diz a nota.

As investigações continuam.

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