Tivi São Lourenço, 23 de novembro de 2024
Gerais

A bomba atômica chamada miséria

miséria

Por Oeste Mais

Atualizado em 29/02/2024 | 09:36:00

A miséria sempre foi uma situação de três lados. Por um lado, os que olham a miséria com desconfiança, vendo a miséria como uma situação preocupante. Por outro, os que acham que podem melhorar a vida dos que estão na miséria com campanhas de donativos e tentam encontrar uma saída para melhorar a situação. Mas existe uma terceira posição, que é a do próprio miserável, o qual fica à mercê da ajuda de alguém, esperando que os outros o ajudem, e que algo possa lhe trazer, de uma hora para a outra, a tão sonhada vida do reino encantado.

A miséria consiste num carrossel de extremos. De um lado, acredita-se na possibilidade de resolver uma situação, porém, o outro ângulo impossibilita-a, pois os miseráveis não fazem qualquer força para revertê-la. Os que detêm o poder de decisão entendem que o pior investimento é na recuperação destas pessoas, justamente por serem desqualificadas; seria um desperdício de tempo tentar recuperá-las, por isso proporcionam a cultura do pão e circo, para satisfazê-los.

Uma grande multidão de miseráveis vem crescendo a cada ano nas maiores cidades, colocando espanto em alerta as demais classes, que correm o risco de implodirem a qualquer momento, formando um único carrossel. Um exemplo disso são as favelas das grandes cidades; é só alguém meio afoito instigar o imaginável daquela população, que não tem nada a perder, a invadir o centro urbano, que isso vira a pior das bombas atômicas destruindo tudo em questões de horas. Não haverá polícia e nem exército que segure uma população invadindo prédios, carros e casas comerciais; seria uma espécie de implosão social, tamanha a força devastadora que isso poderia proporcionar.

O imaginável está aí, batendo à nossa porta a bomba chamada miséria. Podemos pensar que tudo isso pode acontecer e não é no futuro, é a qualquer momento. O que não imaginamos é quando e a forma de coibir isso em curto prazo, pois é um processo que se avoluma há décadas, sempre com o aval daqueles que achavam que deveriam ter a miséria como forma de equilíbrio social entre os povos: ledo engano. Hoje, a miséria já soma um universo sem controle da população, no Brasil e no mundo, é uma questão de tempo, para tudo isso acontecer.

E olha que não sou nenhum vidente, e nem precisaria ser, para perceber isso ao alcance dos nossos olhos.

NOTÍCIAS RELACIONADAS