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Um homem de 50 anos, acusado de abusar sexualmente da neta da companheira pelo período de 10 anos, em Passos Maia, no Oeste catarinense, foi condenado a 82 anos de prisão em regime fechado. A medida foi anunciada pela Polícia Civil nesta sexta-feira, dia 18. O autor está detido no Presídio Regional de Xanxerê desde março deste ano, quando a Polícia Civil efetuou a prisão em flagrante.

As investigações foram conduzidas pelo delegado Elder Arruda Chaves, por meio de policiais civis dos municípios de Passos Maia, Ponte Serrada e Vargeão, após a vítima procurar a delegacia do município vizinho de Vargeão, no dia 23 de fevereiro deste ano, para registrar um boletim de ocorrência sobre o caso.

Segundo o relato da jovem, atualmente com 22 anos de idade, ela morava com a avó desde os 18 dias de vida, em Passos Maia, e quando tinha 8 anos, passou a conviver com o acusado. Ainda de acordo com o que disse a vítima às autoridades, um dia antes de completar 13 anos, foi estuprada pelo homem. Os atos não cessaram mais até ela procurar a polícia no último mês.

A vítima também informou que depois do primeiro abuso ― em 9 de outubro de 2014, um dia antes de completar 13 anos ―, o suspeito passou a praticar o crime de maneira reiterada, quase que diariamente, sempre mediante ameaça, com a posse de uma arma de fogo.

Diante das provas obtidas, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito e busca e apreensão na moradia, medida cautelar prontamente deferida pelo Judiciário. Na casa dele, foi apreendida uma arma de fogo de calibre 12, além de munições do mesmo calibre, utilizadas nas ameaças contra a vítima.

Fuga e ameaças

No início do mês de fevereiro, a vítima pediu socorro a terceiros, que a auxiliaram e colocaram em um taxi para ser encaminhada a outra cidade, aproveitando a ausência do abusador, que nunca a deixava sair de casa desacompanhada dele próprio ou da avó.

Após fugir da residência, a vítima passou a receber áudios do suspeito, declarando que ela não seria de nenhum outro homem, mas apenas dele, além de fazer ameaças para voltar para casa, “a fim de evitar derramamento de sangue”.

Conforme a Polícia Civil, o investigado ficou calado na delegacia. Ainda de acordo com as autoridades, a participação ou conivência da avó está sendo apurada no inquérito policial, que deve ser concluído dentro dos próximos dias.