Tivi São Lourenço, 01 de março de 2025
Segurança

Aparecimento de espécie invasora em cidade de SC acende alerta para moradores; entenda

Caramujo africano é transmissor de várias doenças que podem comprometer a saúde da população, como a inflamação das meninges, resultando em dor de cabeça forte, rigidez na nuca e náuseas

Por ND Mais

Atualizado em 09/12/2024 | 09:55:00

A Vigilância Epidemiológica de Indaial emitiu um comunicado alertando a população sobre a necessidade de adotar medidas para evitar a proliferação de uma espécie invasora, o caramujo africano, que pode transmitir doenças aos seres humanos.

A prefeitura de Gaspar também já havia soltado um comunicado sobre a espécie invasora, a fim de adotar medidas preventivas para evitar sua proliferação. A identificação do caramujo africano pode ser feita pela borda de sua concha, que é cortante e afiada.

Para o controle do caramujo africano, a catação deve ser realizada com frequência ao longo do ano, sem interrupção, devido à alta fecundidade da espécie e sua atividade também no inverno, em regiões úmidas.

Os melhores horários para a coleta são pela manhã ou no final da tarde, utilizando luvas de borracha ou materiais similares para segurança.

Descarte do caramujo africano
A Vigilância Epidemiológica ensina sobre a melhor maneira de descarte dos moluscos, realizado em lixo domiciliar. Confira o passo a passo para realizar o descarte:

Diluir 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária) em 1 litro de água, em um balde;
Coletar os caramujos africanos e colocá-los em uma sacola furada, fechando-a na extremidade;
Deixar a sacola imersa na água por 24 horas;
Após esse tempo, escorrer a água da sacola e transferir os caramujos para outra sacola, destinando-a ao lixo domiciliar;
A água utilizada deve ser descartada na rede de esgoto sanitário.
Esses animais também podem ser descartados em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, afastadas de cisternas, poços artesianos ou fontes de lençol freático.

Sempre que possível, adicione uma camada de cal virgem à vala para impermeabilizar o solo e evitar atrair outros animais, especialmente quando uma grande quantidade for coletada. Após o procedimento, é importante fechar a vala com terra.

Após o procedimento a pessoa deve retirar as luvas e lavar muito bem as mãos. A operação deve ser repetida sempre que novos caramujos forem localizados, sendo o controle fundamental.

Quais os riscos apresentados pelos caramujos africanos?
O caramujo africano também representa um risco significativo para a saúde pública, pois está envolvido na transmissão do nematódeo Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica em humanos. Ela causa a inflamação das meninges resultando em dor de cabeça forte, rigidez na nuca, náuseas e vômitos e febre.

Além disso, segundo o governo do Paraná, estudos experimentais indicam que o caramujo também pode transmitir outro nematódeo congênere, Angiostrongylus costaricensis, responsável pela angiostrongilíase abdominal.

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