Em uma reviravolta inesperada para a missão Starliner, os astronautas Suni Williams e Barry “Butch” Wilmore, que deveriam retornar à Terra em 12 de junho, podem ficar na Estação Espacial Internacional (ISS) até fevereiro de 2025. A NASA anunciou essa possibilidade em 7 de agosto, após uma série de problemas técnicos com a cápsula Starliner, fabricada pela Boeing.

Situação atual

A missão, que começou em 5 de junho de 2024, foi inicialmente planejada para durar apenas 10 dias. No entanto, após mais de dois meses, a dupla ainda não tem uma data de retorno definida. Vazamentos de hélio e problemas nos propulsores da Starliner complicaram o cronograma de volta, forçando a NASA a reconsiderar seus planos.

Problemas enfrentados

Os problemas técnicos enfrentados pela Starliner, incluindo vazamentos de hélio e propulsores defeituosos, atrasaram significativamente o retorno dos astronautas. Esses problemas não apenas atrasaram a missão, mas também levantaram questões sobre a segurança e a confiabilidade da cápsula, dificultando o desencaixe da ISS.

Planos de retorno

Inicialmente, a NASA planejava trazer os astronautas de volta na própria Starliner. No entanto, devido às falhas contínuas, a agência está agora considerando a possibilidade de utilizar a cápsula Crew Dragon da SpaceX. Discussões estão em andamento para deixar dois assentos vazios na próxima missão Crew-9, programada para 24 de setembro, para trazer Williams e Wilmore de volta à Terra em fevereiro de 2025.

Ken Bowersox, administrador associado da NASA, afirmou que a agência está explorando várias opções para o retorno dos astronautas. “Estamos em uma espécie de nova situação aqui, em que temos várias opções. Não precisamos apenas trazer uma tripulação de volta na Starliner, por exemplo. Poderíamos trazê-los de volta em outro veículo”, disse Bowersox.

Missão Starliner

A missão Starliner, também conhecida como Teste de Voo Tripulado (CFT), foi lançada no topo de um foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA) a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Após uma série de adiamentos, a missão finalmente decolou em 5 de junho, mas logo encontrou problemas durante o voo, incluindo mais vazamentos de hélio.

Esses problemas técnicos exigiram testes adicionais na espaçonave, resultando no adiamento do retorno. A situação complicou ainda mais o futuro do contrato bilionário entre a Boeing e a NASA, destinado a colocar tripulações na ISS.

Implicações e próximos passos

A situação atual coloca em risco o contrato entre a Boeing e a NASA, e levanta dúvidas sobre a viabilidade da Starliner para futuras missões tripuladas. A próxima missão da SpaceX, Crew-9, foi adiada para 24 de setembro justamente devido aos problemas com a Starliner. Se a opção de usar a Crew Dragon for confirmada, apenas dois astronautas serão enviados na Crew-9, deixando espaço para Williams e Wilmore retornarem.

A NASA continua a avaliar a melhor forma de trazer os astronautas de volta à Terra com segurança. Enquanto isso, Suni Williams e Barry Wilmore permanecem na ISS, aguardando uma solução definitiva para seu retorno.

Os desafios técnicos enfrentados pela missão Starliner resultaram em atrasos significativos no retorno dos astronautas Suni Williams e Barry Wilmore. A NASA está explorando alternativas com a SpaceX, mas a previsão atual é de que os astronautas retornem apenas em 2025. Esta situação destaca as complexidades e os riscos das missões espaciais, e levanta importantes questões sobre a segurança e a confiabilidade das tecnologias utilizadas.