Envolvido no esquema de manipulação no Campeonato Gaúcho, o atacante Jarro Pedroso foi suspenso por dois anos pelo Tribunal de Justiça Desportivo do Rio Grande do Sul (TJD-RS) na noite desta terça-feira. O jogador, que participou do julgamento, cometeu um pênalti para beneficiar apostadores.

Jarro foi um dos jogadores que não foram denunciados porque admitiu o crime e fez um acordo com o Ministério Público de Goiás. O atacante cometeu pênalti no Gauchão deste ano na derrota do São Luiz, clube pelo qual atuava, para o Caxias. Atualmente defende o Inter de Santa Maria.

A suspensão por dois anos ocorreu por unanimidade, enquanto a multa foi com maioria dos votos. O lateral-esquerdo Nikolas, que jogou o Gauchão pelo Novo Hamburgo, recebeu a mesma punição em julgamento na semana passada.

As investigações comprovaram que a quadrilha que aliciava atletas para manipular jogos atuou em pelo menos duas partidas do estadual desse ano, ambas pela 7ª rodada: Caxias 3x1 São Luiz e Esportivo 0x0 Novo Hamburgo. Nos dois jogos, a oferta era para o cometimento de pênaltis.

Jarro cometeu a penalidade aos 15 minutos e foi substituído aos 28 do primeiro tempo. No dia seguinte, os aliciadores fizeram novamente contato com o jogador para explicar dificuldades para quitar os R$ 40 mil restantes do acordo.

Em entrevista ao Diário de Santa Maria, Jarro disse que cometeu o pênalti porque foi ameaçado pela quadrilha e que não ficou com o dinheiro que recebeu.