Até esta sexta-feira (24), família acreditava que ele pudesse estar vivo e em poder dos terroristas. Filha contou que computador de Michel foi encontrado em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Michel Nisembaum, o único brasileiro feito refém pelo Hamas no ataque a Israel em 7 de outubro e encontrado morto nesta sexta-feira (24), era muito ligado aos netos, com quem vivia em Israel.
Segundo relatou sua família ao g1, Nisembaum, de 59 anos, estava justamente no caminho para buscar uma delas quando foi surpreendido por terroristas do Hamas em 7 de outubro. Nesta sexta, as Forças Armadas israelenses disseram ter encontrado seu corpo durante uma operação militar em Jabalia, cidade no norte de Gaza.
Em uma publicação em suas redes sociais, uma de suas filhas, Hen Mahlouf, disse estar "de coração partido".
"Quem diria que essa seria nossa história, que esse seria seu fim. Nosso papi, o coração está partido", publicou Mahlouf. Em dezembro, ela contou ao g1 que seus filhos perguntavam pelo avô todos os dias desde que ele foi levado pelos Hamas.
Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, o brasileiro vivia em Israel desde os 12 anos. Se mudou para lá com a irmã para morar com parentes que já tinham no país. Ele vivia em Sderot, cidade do sul de Israel a cerca de 10 quilômetros da Faixa de Gaza, e perto da irmã, das duas filhas e dos netos.
Nisembaum havia ido buscar uma das netas quando foi surpreendido por terroristas em uma estrada no sul do Israel. A neta estava em uma base militar onde sua mãe serve ao Exército, e o avô, ao saber que terroristas do Hamas haviam invadido o país, decidiu buscar a criança.
No caminho, ele encontrou terroristas do Hamas, que dispararam contra seu carro. O brasileiro conseguiu fugir e ligou para a polícia, segundo sua filha.
"Depois soubemos que ele buscou a polícia, porque a ligação (dele para a polícia) ficou gravada. Ele estava tentando ajudar outras pessoas, que conseguiram fugir", disse afirmou Mahluf. Ao ligar para o celular do pai, contou, terroristas do Hamas atenderam.
"Eles falavam que o Hamas estava em Israel, mas não disseram nada sobre meu pai".
O brasileiro não estava entre os corpos identificados posteriormente por autoridades israelenses. A pista principal que levou autoridades à conclusão de que ele foi sequestrado pelos terroristas foi seu computador, que, segundo o governo israelense, foi localizado na Faixa de Gaza.
Por geolocalização, militares encontraram o equipamento em Khan Younis, a cidade no sul de Gaza. Já o corpo de Nisembaum estava no norte do território.
Mahluf e sua tia, Mary Shohat, a única irmã de Nisembaum, passaram meses tentando buscar mais pistas do paradeiro do brasileiro. As duas, que também vivem em Israel, viajaram ao Brasil em dezembro para divulgar a campanha pela libertação do reféns.
Na ocasião, se reuniram com com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Shohat afirmou que Lula prometeu voltar a falar com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, que media diálogos entre Israel e o Hamas, sobre tentativas de libertar o brasileiro.
Nesta sexta, ao saber da morte de Nisembau, Lula disse ter sentido "imensa tristeza" e afirmou que seguirá "engajado para que todos os reféns sejam libertados" e para um cessar-fogo em Gaza.
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