Anderson Adriano Boff conseguiu voltar para casa na tarde desta terça-feira, dia 4.
Um boletim de ocorrência registrado após o desaparecimento do motorista Anderson Adriano Boff, de Ponte Serrada, aponta que ele foi amarrado e rendido por assaltantes na sexta-feira, dia 28, na comunidade de Campina da Alegria, em Vargem Bonita, no Oeste catarinense.
Anderson, conhecido como “mão grande”, retornou para casa nesta terça-feira, dia 3, entretanto, até o momento, não relatou o que aconteceu. O boletim sobre o caso foi divulgado pela empresa responsável pelo caminhão, que é de Pinhalzinho. A proprietária, Márcia Hining, disse que conseguiu contato com Anderson somente nesta quarta-feira, dia 5.
No boletim, o relato do motorista diz que ele estava com o caminhão vazio, indo em direção ao município de Porto União, no Norte de Santa Catarina, trecho que fazia semanalmente. Por volta das 4 horas da última sexta-feira, Anderson disse ter sido surpreendido por um carro, que não conseguiu identificar, e que cortou a frente do caminhão.
Ao parar o veículo de carga, ele teria sido rendido por dois homens armados, que o amarraram dentro do caminhão. Os dois suspeitos seguiram dirigindo, até que em um certo momento um dos homens desembarcou. Próximo ao município de Lapa, no Paraná, o acusado que estava dirigindo ameaçou Anderson, dizendo que ele deveria fazer tudo que ele mandasse, senão, poderia “sobrar para a sua família”.
“Você vai dirigir até onde eu mandar", teria dito o assaltante, fazendo com que Anderson trocasse de camiseta e conduzisse o caminhão até São Paulo. Ainda conforme o boletim de ocorrência, em Nova Odessa (SP), Boff foi colocado em um carro com outros dois homens dentro.
No automóvel, eles teriam colocado um capuz na vítima e levado o motorista para uma garagem, onde havia um quarto.
Anderson informou que os acusados deixaram uma lata para que ele pudesse fazer as necessidades e que também davam um pouco de água e uma marmita. Ele ainda informou que ficou nesse local da noite de sexta até segunda-feira.
Também conforme o boletim, na segunda-feira, os suspeitos entregaram um celular para que Anderson ligasse para a esposa, relatasse que estava bem e que eles já iriam soltá-lo. O registro feito na delegacia ainda informa que os acusados andaram mais um pouco com o motorista, o amarraram com fita e colocaram um pano com álcool na boca, até ele desmaiar.
Tempos depois, Anderson disse ter acordado sozinho, em uma área de mata. Ele disse que caminhou até encontrar uma caminhonete, que parou e ajudou o motorista, o deixando em Curitiba (PR).
Em seguida, segundo o relato, Anderson conseguiu um aplicativo de carona para seguir até União Vitória (PR), próximo de Porto União, onde ele carrega areia. O valor de R$ 200 cobrado pelo motorista do aplicativo teria sido pago por outra pessoa no local.
Abalo emocional
Conforme Márcia, na terça-feira, Anderson disse que não conseguiu falar sobre o caso. “Estava muito transtornado. Hoje ele chorou muito, conversando com meu marido”, contou.
Família
Um tio de Anderson informou ao Oeste Mais que parte da família ainda não recebeu notícias sobre o acontecido. "Recebemos a notícia através de redes sociais, nem minha mãe e nem minhas outras irmãs até o momento não receberam uma palavra deles contando o que houve", disse o familiar.
Investigação
O Oeste Mais apurou que o caso está sendo investigado e um inquérito foi aberto pela Polícia Civil. "A esposa e o caminhoneiro compareceram a delegacia para prestarem declaração. Neste momento, não posso passar informações acerca da investigação, pois qualquer informação divulgada pode atrapalhar a apuração dos fatos", disse o delegado responsável, Elder Arruda.
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