Tivi São Lourenço, 31 de outubro de 2024
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Caminhoneiro de Chapecó fica preso em nevasca no Chile

Fila de veículos se formou depois que a tempestade começou há três dias, com temperatura abaixo dos -10 °C.

Por Oeste Mais

Atualizado em 13/07/2022 | 08:13:00

O caminhoneiro de Chapecó, no Oeste catarinense, Luiz Carlos Marques da Silva, está preso há três dias em uma forte nevasca que atinge a região da Cordilheira dos Andes, entre a Argentina e o Chile. Junto dele, há cerca de outras 300 pessoas, com carros, ônibus e caminhões, que esperam o mau tempo passar para poder seguir viagem.

A tempestade de neve começou no último sábado (9), quando a temperatura no local chegou a -10 °C e o posto fronteiriço precisou ser fechado, por volta das 14 horas. Faltando 12 km para que chegue até a fronteira com a Argentina, Luiz Carlos relatou que ficou parado na pista, no congestionamento, e o exército chileno o levou para um abrigo, ainda na segunda-feira, dia 11. 

O motorista saiu de Chapecó no último dia 2 de julho, carregou o caminhão na Bahia e descarregou em Santigo, na capital e maior cidade do Chile, depois seguiu viagem em direção a Argentina, mas precisou abandonar o veículo por conta da tempestade.

“Os caminhões estão todos enterrados na neve, por que foi a pior nevasca desde 2013. Estamos em um colégio do Chile, com entorno de 250 motoristas. São de 12 a 15 pessoas em cada sala”, disse Silva, que está recebendo água, comida e toda a assistência necessária do governo chileno.

No momento em que a tempestade se agravou no sábado, havia mais de 300 veículos retidos no trecho que liga os dois países. Segundo autoridades, não era possível seguir viagem por causa do nevoeiro e do acúmulo de neve.

“Isso produz um acúmulo de veículos de todos os tipos: transporte de carga, turismo internacional e doméstico e veículos de passageiros. E em situação de tempestade com vento branco, gera deficiências no trabalho das rodovias porque o número de veículos não foi previsto. Enquanto o trânsito está parado, a nevasca avança”, disse o coordenador do posto fronteiriço, Eduardo Yaya, ao “La Nación”.

Caminhões rodoviários tiveram que liberar as rotas para permitir o resgate, que, de acordo com o jornal Clarín, foi iniciado com veículos que conseguiam seguir viagem nas condições da estrada.

A previsão é de tempo parcialmente aberto na terça-feira, dia 12, mas na quarta-feira, dia 13, deve voltar a nevar. No sábado e domingo é esperado que a nevasca cesse.

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