Dois ex-funcionários e outras duas pessoas foram presos suspeitos de participação no assassinato do radialista Jair Warlitzert, 66 anos, no último dia dois de outubro em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. As informações são da Polícia Civil.

Warlitzert foi morto a tiros na frente da esposa e da filha de 13 anos após reagir a um assalto na própria residência e tentar agredir um dos suspeitos com um pedaço de madeira. O homem que invadiu a casa perguntou onde estava o cofre, momento em que houve breve discussão e os disparos.

As prisões ocorreram na quinta-feira (10). Segundo a polícia, o assalto à residência foi planejado por um casal de ex-funcionários da vítima. O homem de 29 anos trabalhava como jardineiro na chácara localizada na zona urbana da cidade, já a mulher de 32 anos, trabalhou no local como diarista.

O suspeito pelos disparos, de acordo com a investigação, é irmão da ex-funcionária e mora em Santa Catarina, mas teria ido a Francisco Beltrão por sugestão da irmã, porque estava sem dinheiro.

Ao ser ouvido pela polícia, o homem informou que o plano era roubar pertences do cofre de Jair, mas que a intenção era não matar Jair e que "realizou o disparo de arma de fogo após ser surpreendido pela reação da vítima".

Após o crime, o suspeito contou que fugiu por uma área de mata, dispensado durante a fuga a arma, as roupas e o celular utilizado no dia do crime. De acordo com a Polícia Civil, o homem apresentava lesões no rosto "compatíveis com as sofridas pelo criminoso na ocasião do roubo".

O quarto suspeito

A Polícia Civil afirma que conseguiu identificar ainda um quarto suspeito pelo crime, um home de 30 anos, amigo do casal, que teria auxiliado no planejamento e execução do crime.

A polícia informou que "há indícios de que os suspeitos também se associaram para a prática do crime de tráfico de drogas, visando a fácil obtenção de lucro".

Os quatro suspeitos, tanto os que planejaram quanto os que executaram o crime, deverão responder pelo crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte, com pena prevista de 20 a 30 anos de reclusão.