O governo de Santa Catarina emitiu um alerta sobre o aumento dos casos de dengue com a proximidade do verão. Conforme a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), nas últimas semanas o número de casos no estado subiu de 150 semanais para 450. O órgão avisa que os números devem subir ainda mais com a chegada da alta estação.

“As condições climáticas são muito favoráveis, pois temos temperaturas muito elevadas e chuvas mais constantes”, explicou o diretor da Dive, João Augusto Fuck, sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypt no verão.

Em 2024, SC registrou o maior número de casos de dengue da história. Entre 31 de dezembro de 2023 a 18 de novembro de 2024, foram  contabilizados 350.953 casos prováveis e 340 óbitos confirmados de dengue.

Dados da Dive apontam que Joinville é o município com o maior número de casos em 2024, com 80.954. Blumenau (63.225), Itajaí (50.379), Jaraguá do Sul (17.795) e Florianópolis (13.849) ocupam as cinco primeiras colocações no ranking de casos.

Casos em Florianópolis chegam a quase 14 mil em 2024

Entre janeiro e julho, Florianópolis registrou variações nos números de casos. Foram 513 em janeiro, 525 em fevereiro e 501 em março.

Em abril, o número subiu para 535, enquanto maio registrou 518 e junho 285. Julho teve o menor índice do período, com 276 casos prováveis. No total, Florianópolis soma 13.849 em 2024.

Medidas preventivas para evitar os casos de dengue

Para enfrentar o aumento da doença, o governo estadual planeja intensificar ações de combate ao mosquito transmissor Aedes aegypti. As medidas incluem campanhas de conscientização, reforço nas ações de vigilância e eliminação de criadouros, especialmente em áreas urbanas.

O governo iniciou a remoção de veículos parados no pátio do Detran – que ficam expostos à chuva -, assim como a pulverização com inseticida e campanhas de conscientização. As ações visam conter o avanço da dengue, cuja incidência tende a aumentar com o calor e a chegada do verão.

Para o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, é importante intensificar as ações na Atenção Primária, para evitar os casos graves da doença.

“Precisamos pensar de forma estratégica para conseguir minimizar o avanço da doença. Por isso, contamos também com a ajuda da população para manter suas casas limpas e sem água parada”, disse Demarchi.