Tivi São Lourenço, 27 de janeiro de 2025
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Catarinense viaja de Blumenau à Bahia de bicicleta: ‘não será a última vez’

Natural de Blumenau, André Guilherme Dias decidiu se aventurar e ir pedalando de Blumenau, até a Bahia

Por ND Mais

Atualizado em 26/01/2025 | 12:47:00

Para muitas pessoas, pedalar é apenas um hobby, mas para André Guilherme Dias, de Blumenau, é sinônimo de desafio e aventura. Ele decidiu encarar a jornada de 2.811 km até Salvador, na Bahia, em cima de uma bicicleta, transformando o trajeto em uma experiência de vida inesquecível.

Amante de aventuras: catarinense viaja de Blumenau à Bahia de bicicleta
Amante de viagens e explorador por natureza, André já rodou o mundo e passou alguns anos morando em Portugal. De volta ao Brasil, sentiu necessidade de se reconectar com suas raízes.

“Comecei a planejar uma viagem de seis meses pelo Brasil. A princípio, eu ia usar a bicicleta do meu pai, mas meu melhor amigo me ofereceu a dele, e acabei aceitando”, contou André ao ND Mais.

A escolha da Bahia foi motivada por um convite especial. “Uma amiga me convidou para fazer uma trilha na Chapada Diamantina e assim, arrumei as malas e comecei minha viagem rumo ao nordeste”, explicou.

A jornada não foi fácil. O segundo dia da viagem marcou um dos momentos mais difíceis. “Na divisa entre Santa Catarina e Paraná, peguei trechos com morros e pouca iluminação. Foi bem desafiador e me deixou inseguro, tinha medo de ser atacado por animais selvagens, como onças, por exemplo”, relembra.

Além disso, André enfrentou o clima imprevisível e o terreno complicado. “Não houve tantos contratempos, mas tive que caminhar no completo escuro, dentro de mata fechada, chuva e barro. Teve um momento que fiquei desesperado. O barro ficava travando toda minha bicicleta. Esse dia foi muito difícil”, desabafou.

Catarinense viaja de Blumenau à Bahia de bicicleta e supera desafios
Um dos perrengues mais marcantes envolveu problemas mecânicos na bicicleta. “Teve um dia que o pneu furou várias vezes, precisei pegar carona com um caminhoneiro, andei pela BR por horas no escuro, mas acho que faz parte, porque depois do perrengue, sempre vem coisas boas”, completou.

André trabalhou por seis anos, guardou e levou R$ 10 mil para a jornada. Ele considera que foi bastante econômico ao longo do caminho. “Eu durmo em postos de gasolina, ganho muitas refeições e sou acolhido por muitos amigos. Até agora gastei R$ 7 mil e ainda temos toda a volta até Blumenau”, explicou.

Após 74 dias na estrada e muitas experiências acumuladas, André reflete sobre os aprendizados. “No começo, eu me questionei se eu iria mesmo até a Bahia de bicicleta, mas depois do segundo dia, me deu duas lições: enfrentar os desafios e o bom tempo que vem depois da tempestade”, disse.

De volta ao caminho para Santa Catarina, André já pensa nos próximos desafios. “Essa foi minha primeira grande viagem de bicicleta, mas não será a última. Quero percorrer a rota K7, que vai do sul da Europa até a Finlândia, e também explorar o rio Nilo, no Egito. Sou fã desde pequeno desse lugar”, completou.

A jornada de André é mais do que uma história de resistência física. É um exemplo de determinação, coragem e paixão por explorar o mundo.

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