Tivi São Lourenço, 23 de novembro de 2024
Gerais

CBMSC tem primeira mulher piloto de avião da Segurança Pública do Estado

Através das aeronaves são realizados transportes aeromédicos, de órgãos, vacinas, equipes de apoio, e outros serviços.

Por Oeste Mais

Atualizado em 07/03/2024 | 09:04:00

A 1ª tenente Fernanda Corrêa Reck, que atua no Batalhão do Corpo de Bombeiros de Itajaí, é a primeira oficial do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), habilitada como piloto de avião multimotor. Ela realizou curso inicial de piloto privado (PP) particular e para pilotar o avião Carajá, que é multimotor, ela participou de mais uma qualificação sob instrução dos capitães Fábio Fraga e Álvaro Luiz Bilher Júnior, ambos do BOA.

“Hoje estou nessa posição de ser a 1ª mulher a pilotar um avião de uma UAP militar de Santa Catarina, que é uma área tipicamente masculina, porque há muitos anos outras mulheres foram abrindo os caminhos e conquistando espaços para que chegássemos até aqui. Então hoje essa porta está aberta e eu espero incentivar outras mulheres que querem seguir o caminho da aviação, que tenham foco e dedicação para alcançar esse objetivo, pois o caminho pode não ser fácil, mas é gratificante”, exalta a tenente.

Após o cumprimento dos treinamentos regulamentares previstos, a tenente Reck concluiu a fase inicial para os voos das aeronaves Asa Fixa. 

Há 10 anos no CBMSC, a tenente Reck sabia que a atividade com as aeronaves era algo complexo, porém, foi estimulada a se aproximar cada vez mais. E em abril de 2022 iniciou o processo de formação. “Por estar um pouco mais próxima da atividade, fiquei curiosa sobre os aspectos que envolvem a aviação. Após comentar com alguns amigos, fui motivada por eles e por alguns familiares a procurar um voo experimental, acabei saindo de lá matriculada no curso”, conta.

“Com o apoio dos meus comandantes iniciei o voo prático de multimotor no BOA no dia 14 de agosto de 2023, de modo a encerrar o estágio alfa, seguindo o programa de treinamento interno do batalhão. A minha dificuldade principal foi conciliar as idas para Florianópolis, para fazer as horas de voo, com o trabalho e a rotina em outra cidade que não podem parar”, complementa.

Trabalho nos aviões

Embora o BOA tenha iniciado as atividades em 2010, com a utilização de helicópteros, somente em 2014 é que as operações com os aviões foram iniciadas, com o uso de uma aeronave monomotor, Cessna, modelo 210N. No ano de 2016, foi incorporado mais um Cessna, modelo 206H, nas operações. 

Em parceria com o Samu, a Secretaria de Estado da Saúde e com a SC Transplantes, são realizados transportes aeromédicos, de órgãos, vacinas, equipes de apoio, entre outras demandas. 

NOTÍCIAS RELACIONADAS