Tivi São Lourenço, 01 de novembro de 2024
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Celesc fechou 2021 com lucro líquido de R$ 563,2 milhões

Presidente da empresa atribui o resultado expressivo aos investimentos na área rural e na indústria, à automatização de setores e vislumbra um futuro sem fios emaranhados nos postes

Por ND Mais

Atualizado em 01/04/2022 | 09:26:00

A Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) registrou em 2021 um lucro líquido de R$ 563,2 milhões, um aumento de 8,6% em relação ao exercício de 2020. No ano passado, a empresa obteve uma Receita Operacional Líquida de R$ 11,3 bilhões, em grande parte pelas operações de suas subsidiárias: Celesc Distribuição e Celesc Geração, um crescimento de 28% em relação ao ano anterior.

Segundo o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, os expressivos resultados são reflexos dos R$ 3 bilhões investidos nos últimos três anos, o que representa o maior investimento da história da empresa. São 3,3 milhões de usuários no Estado e sete milhões de pessoas atendidas pela companhia de energia.

“Jamais alguém passou próximo desse investimento em período tão curto de tempo. Estamos procurando atender o que a sociedade nos exige: confiabilidade e diminuição dos indicadores de qualidade, no sentido de faltar menos energia para população”, disse o presidente em entrevista.

Cleicio lembrou que quando assumiu a empresa – está no comando há pouco mais de três anos – percebeu junto com a diretoria, a necessidade de investimento especialmente pelo crescimento do Estado, por observarem que existiam muito gargalos no sistema elétrico e precisavam criar planos para solucionar o problema. “Fizemos um programa pautado tanto na indústria quanto na área rural.”

Os investimentos tiveram como alvo principal a construção de subestações. Entre instalações em funcionamento e as que estão em processo de licitação são 20. “São subestações estruturantes para que essa energia chegue com mais qualidade, disponibilidade e dê confiabilidade para todo o Estado”, afirmou Cleicio.

Investimentos estruturantes

Segundo o presidente da Celesc, os investimentos em subestações foram fundamentais para um verão mais tranquilo, com redução no número de quedas de energia na região litorânea.

“Quando assumimos no verão de 2018/2019, a empresa saía nos noticiários de forma negativa, havia sempre uma região do Estado onde estava faltando energia. No verão 2021/2022, mais intenso e mais extenso do que o de 2018, não tivemos quase falta de energia, justamente por causa dos investimentos em subestações”, pontuou. “São investimentos estruturantes que ficarão como legado para SC.”

Cleicio ressaltou também a aplicação financeira na área rural catarinense.  “A demanda era muito forte, precisávamos fortalecer a energia no campo. Na década de 70, houve a eletrificação rural, mas naquela época as propriedades recebiam energia para ligar uma lâmpada, uma geladeira e de lá pra cá pouco se fez”, comentou.

Cleicio ressaltou também a aplicação financeira na área rural catarinense.  “A demanda era muito forte, precisávamos fortalecer a energia no campo. Na década de 70, houve a eletrificação rural, mas naquela época as propriedades recebiam energia para ligar uma lâmpada, uma geladeira e de lá pra cá pouco se fez”, comentou.

No ano passado, a Celesc inaugurou em Faxinal dos Guedes, no Oeste, a sua primeira usina solar, localizada dentro da PHC (Pequena Central Hidrelétrica) Celso Ramos. Ainda neste ano deve entregar outra em Lages e está prospectando outra no município de Campos Novos. “A gente não vai entrar no telhado da casa das pessoas, estamos construindo fazendas solares”, avisou.

Redução dos fios nos postes

Cleicio também comentou a respeito da chegada da tecnologia 5G, que deve reduzir drasticamente o uso de fios nos postes em via pública e a poluição visual que temos hoje em dia, principalmente nas grandes cidades. A Celesc é locadora dos postes para uso por parte das concessionárias de telecomunicações.

“Esses cabos teoricamente deixarão de existir, futuramente não se verá mais nenhum fio de telecomunicação nos postes. Veremos migração para um único fio de fibra ótica, que será compartilhado com as operadores de telecom e internet. Então, ao invés de cada um ter seu fio, estamos migrando para que um único fio seja utilizado por muitas empresas”.

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