Especialista ressalta que a sociedade deve ser mais inclusiva com as pessoas que têm essa condição
Dados do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), grupo voltado à divulgação de informações sobre o distúrbio da fala, revelam que cerca de dois milhões de brasileiros são gagos e nove milhões passam pelo problema momentaneamente.
De acordo com os dados, cerca de 1 em cada 100 pessoas em todo o mundo gagueja. De 5% a 8% das crianças na idade pré-escolar desenvolve a condição, sendo que 80% recupera-se espontaneamente com ou sem intervenção, antes de cerca dos sete anos. Já os 20% restantes sofrem de gagueira até a idade adulta.
No próximo domingo, dia 22, é comemorado o Dia Internacional de Atenção à Gagueira e a fonoaudióloga Greicyane Castro destaca a importância da data. “Promove a educação e a conscientização sobre a gagueira, bem como incentiva a sociedade a ser mais inclusiva e compreensiva em relação às pessoas que têm essa condição”, afirma.
Ela explica que a gagueira pode ser identificada por volta dos 3 anos. “É o momento que a criança começa a desenvolver a fala. Pode ser identificada a partir de algumas de disfluências na fala como prolongamento de sons (ssssapo), repetição de sílabas (sasasapo) e movimentos associados à fala como franzir a testa, bater na perna e outros. Se a gagueira persiste por mais de seis meses deve-se procurar avaliação fonoaudiológica”, ressalta a especialista.
Greicyane Castro conta ainda que a condição é mais prevalente no sexo masculino. “Também são mais suscetíveis à gagueira pessoas que tem algum familiar que gagueja, presença de disfluências gagas na fala e deve-se considerar também o tempo que ela surgiu, quanto maior o tempo, maior o risco de ela persistir”.
Ela destaca também que a gagueira não tem cura, mas tem tratamento, que deve ser feito com um fonoaudiólogo com experiência em fluência de fala. A profissional comenta ainda que a origem é desconhecida, e que o surgimento da gagueira pode ser de origem genética, neurológica e emocional.
“Os fatores emocionais, embora não sejam a causa, podem intensificar os sintomas”, salienta a especialista.
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