Abusos foram descobertos pela mãe em junho deste ano, que denunciou o crime para a polícia. Passados três meses da denúncia, ninguém ainda foi preso.
Uma criança de 9 anos denunciou ter sofrido abuso sexual do próprio pai e do avô em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O caso foi denunciado em junho deste ano e segue em investigação, sem ninguém ter sido preso. A criança faz acompanhamento psicológico e relatou o abuso em uma carta.
Os abusos foram descobertos pela mãe da menina, enquanto ela lavava roupas. Até então, a mãe nunca desconfiou que a criança estivesse sendo violentada.
“Eu estava lavando roupa, quando encontrei uma calcinha dela com manchas de sangue. Estranhei, porque ela ainda não menstrua e conversando ela revelou que o sangue era dos machucados que o pai e o avô haviam causado na região íntima dela, ao estuprá-la”, contou a mãe.
A criança narrou que o pai abusava dela desde os cinco anos de idade, já o avô teria iniciado a violência há cerca de dois anos.
“Durante muito tempo trabalhei em shopping e por isso o pai ficava cuidando das crianças aos finais de semana. Os abusos aconteciam justamente quando eu estava trabalhando e ele ficava em casa. Já com o avô, os abusos aconteciam quando eu precisava que ele buscasse ela na escola”, disse.
O caso foi denunciado na Delegacia da Mulher de São José dos Campos e é investigado pela Polícia Civil. O pai da menina fugiu após a denúncia.
“Assim que descobri corri com ela para a delegacia e prestei queixa contra o pai dela e o avô. Mesmo com provas e o exames que compravam o abuso, por telefone o pai dela me chamou de louca, dizia que não tinha feito nada e antes que eu voltasse da delegacia ele já havia fugido. Foi embora levando só a roupa do corpo e a habilitação. Foi muito chocante e doloroso descobrir isso, porque eram duas pessoas que eu confiava e que nunca desconfiei que pudessem fazer algo assim”, afirmou.
A Justiça expediu uma medida protetiva para a criança, para que o pai e o avô não se aproximem da menina. Agora ela faz acompanhamento psicológico e também tratamento médico, para se recuperar das lesões físicas e prevenir doenças sexualmente transmissíveis que ela possa ter tido contato.
“Eu não tive nem coragem de olhar na cara do avô da minha filha. Ele é meu pai, eu o admirava. Também amava meu marido. É revoltante. Quero que os dois paguem pelo que fizeram, os dois são culpados. É uma coisa que não tem explicação", contou.
Sinais despercebidos
Agora que sabe da violência que a filha foi vítima, a mãe diz ter percebido sinais de que algo estava acontecendo com a filha, mas que na época não tinha entendido.
“Desde os cinco anos de idade ela sofria com infecção de urina constante, corrimentos, mas eu levava no pronto-socorro e nunca descobri nada. O pai dela falava que era normal, porque ela não se secava direito após o banho ou por causa da imunidade baixa, então acabamos tratando a infecção sempre que aparecia, como se fosse comum. Hoje já percebo que era por causa dos abusos que desde essa época ela era vítima”, contou.
Ainda segundo a mãe, o pai era ciumento com a filha, super protetor e estava sempre com ela. O que achava ser uma demonstração de afeto e carinho, agora acredita ser na verdade uma forma de ter a menina sob controle, por medo de que ela revelasse os abusos.
“Ela contou que ele tinha vontade de me pedir ajuda, mas que o pai a ameaçava. Ele dizia que ela contasse pra alguém o que ele fazia, seria preso, sofreria muito na cadeia e que nunca mais veria ela nem os irmãos e assim ele ia fazendo ela se sentir culpada e com medo de denunciar a situação, presa nesse segredo”, disse.
Traumas
A mãe conta que os trauma dos anos de abuso sexual são difíceis de enfrentar, mesmo com o apoio da família e dos psicólogos. A menina passou a ter crises de ansiedade e teme a todo momento reencontrar com os abusadores.
“Ela sempre teve problemas pra dormir, chorava à noite, tinha pesadelos e agora está pior, ela está sofrendo de crises de ansiedade. Desde que o pai fugiu, ela teme que ele volte e acorda assustada, achando que ele está no quarto dela, na janela ou até em cima do telhado. Estamos fazendo acompanhamento psicológico, para tratar esse trauma que destruiu a infância dela, mas vai ser um processo longo”, disse.
Uma das formas de se expressar sobre os traumas é por meio da escrita. Sem conseguir falar ou desenhar o que sofria, a menina passou a escrever a violência que foi vítima. Além de ser um desabafo, as cartas vão ser úteis na investigação.
Em uma carta, a menina contou que o pai e o avô colocavam as mãos nas partes íntimas e que abusavam dela. "Doía muito, eu falava para ele, mas ele continuava”, narrou a menina em trecho da carta. A família busca agora por justiça e faz um apelo para que os abusadores sejam presos.
“Eu quero justiça, peço por isso todos os dias a Deus. Nada vai tirar o trauma da minha filha, a dor que ela sentiu todos esses anos e que ainda está sentindo. Nada vai pagar o que eles fizeram com uma inocente, mas a gente só vai conseguir recomeçar, deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilas quando eles forem presos”, afirmou.
O que diz a polícia
De acordo com a Polícia Civil, o pai da menina tem 33 anos e trabalhava como gesseiro. Ele está sendo investigado pelo crime, mas ainda não foi localizado para prestar depoimento. Uma medida protetiva foi expedida, que proíbe a aproximação dele com a filha.
O avô tem 78 anos, é um pedreiro aposentado e também é investigado pelo crime. Ele já prestou depoimento sobre o caso e nega os abusos.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a caso segue sendo investigado, sob sigilo, na Delegacia da Mulher de São José dos Campos. A equipe da unidade ouviu a representante da vítima e aguarda o resultado dos laudos periciais para análises e esclarecimentos dos fatos.
De acordo com a perícia, a médica usava fragmentos sobrepostos de outros laudos para alterar os diagnósticos originais, falsificando assim o laudo original para indicar o suposto câncer.
Nascido em Minas Gerais, menino come apenas comida orgânica e leite materno.
Cena foi registrada na noite de domingo (27), em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Para transferir valores acima de R$ 200, será preciso fazer um cadastro prévio do celular nas instituições financeiras. Reforço na segurança serve para minimizar o risco de golpes.
“A Abex leva o aluno a sair da parte teórica e experimentar a atividade na sua essência”
Nesta quinta-feira, promotor anunciou pedido à Justiça para que caso receba nova sentença, que permita conceder a Erik e Lyle a liberdade condicional: "Acredito que eles pagaram a sua dívida para com