O homem morto após ser atropelado por uma lancha em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, era empresário e tinha como esporte favorito a natação no mar. Rafael Aragão Gonzalez, de 49 anos, foi atingido pela embarcação na Praia Central na quinta-feira (17).

"Tragicamente perdeu a vida no lugar que mais amava, que era o mar", disse o filho Hugo Aragão Gonzalez.

Além do empresário, outro homem nadava no local e também ficou ferido pela lancha. A vítima foi resgatada, encaminhada ao hospital da cidade e está estável.

Descrito pelo filho Hugo Aragão Gonzalez como "dono de uma simpatia sem tamanho e um coração enorme", além de "brincalhão e sorridente", o empresário fundou a Tanoaria Espanha, empresa de barris de carvalho para o envelhecimento de bebidas em Tijucas, na Grande Florianópolis.

Chamado de Aragão pela família e amigos, ele era natural de São Paulo, mas se considerava manezinho da Ilha de Santa Catarina (nome dado a quem nasceu em Florianópolis), já que viveu desde a infância na Capital, onde teve dois filhos, e torcia para o Figueirense

"Infelizmente a diversão inconsciente de alguns foi responsável em tirar a base da nossa família,. Estamos desolados", disse o filho Hugo Aragão Gonzalez.

Conforme o filho, Aragão era "batalhador desde muito cedo". No início dos anos 2000, se aventurou na Europa com seus dois filhos e esposa, e após muito crescimento profissional voltou ao Brasil em 2010 para montar a tanoaria.

"Sempre levarei os aprendizados de meu pai comigo, e honrarei todo seu trabalho e continuarei seu legado”, disse o filho.

Despedida de empresário

O velório de Aragão aconteceu a partir das 13h, desta sexta-feira (18) no cemitério Parque e Crematório Jardim da Paz, em Florianópolis. Em nota, a Tanoaria Espanha emitiu nota de pesar pela morte do empresário:

"É com imenso pesar que a empresa Tanoaria Espanha lamenta a morte de Rafael Aragão Gonzalez, nosso querido fundador. Expressamos aqui nossas sinceras condolências e rogamos a Deus que conforte o coração de familiares e amigos".

Acidente

Em nota, a Capitania dos Portos disse que após o atropelamento colheu o depoimento dos ocupantes da lancha e fez o teste do bafômetro com o piloto, que deu negativo. O homem parou para prestar os primeiros socorro, e fez um torniquete na vítima, que sobreviveu, segundo o órgão.