Tivi São Lourenço, 22 de novembro de 2024
Segurança

Empresário é preso por suspeita de torturar adolescente de 16 anos após desconfiar de namoro da filha com o jovem

Caso é investigado pela Polícia Civil. Pai do suspeito e avô de garota também foi preso. Com a dupla, foram apreendidos sete armas de fogo, munição e celulares.

Por G1/RS

Atualizado em 08/11/2024 | 08:46:00

Um empresário de 33 anos foi preso preventivamente, nesta quarta-feira (6), por suspeita de ameaçar e torturar um adolescente de 16 anos em Restinga Seca, na Região Central do Rio Grande do Sul. O homem teria desconfiado de um suposto namoro da filha, de 12 anos, com o jovem.

O pai do suspeito e avô da adolescente, um homem de 66 anos, também foi preso preventivamente. Com eles, a polícia apreendeu sete armas de fogo, munição e celulares.

A tortura teria ocorrido no dia 20 de otubro. Os suspeitos teriam levado e trancado o adolescente em uma casa, onde teriam praticado as agressões. Os investigados teriam, inclusive, realizado uma chamada de vídeo com amigos do jovem, reforçando ameaças contra o garoto.

Conforme a juíza Rosângela Maria Vieira da Silva, que determinou a prisão dos investigados, os indícios do crime foram verificados na ficha de atendimento ambulatorial do adolescente, em fotos e imagens de câmeras de monitoramento.

"A brutalidade com que agiram os representados não pode ser desprezada, uma vez que por mais de 10 minutos agrediram o menor com tapas, socos, arranhões, esganadura, compressão e torção dos testículos, causando-lhe imensa dor e falta de ar, que quase o fizeram desmaiar", diz a juíza.
Ainda de acordo com a Justiça, o crime foi cometido "após emboscada e em maior número de agentes, sem notícia de que a vítima estivesse portando qualquer arma ou outro meio de defesa".

O adolescente conseguiu fugir do local. Não há informações sobre as condições de saúde do jovem após as agressões.

Os suspeitos foram encaminhados para o Presídio Estadual de Agudo, a 30 km de Restinga Seca. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela polícia nem pelo Judiciário. O caso tramita sob sigilo.

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