O empresário Carlos Henrique Coninch, que fazia a venda de carros, imóveis e barcos de alto padrão em Santa Catarina e mais três estados foi condenado por tráfico de drogas pela Justiça de São Paulo.

Morador de Blumenau, no Vale do Itajaí, onde também já atuou como DJ, ele foi preso após denúncia sobre traficantes com drogas em flats na capital paulista. O advogado dele, Franklin Assis, recorreu da decisão e disse que vai pedir habeas corpus (veja mais informações abaixo).

Carlos recebeu pena de sete anos e seis meses de prisão, inicialmente em regime fechado, e está no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, localizado na Vila Leopoldina, desde agosto do ano passado.

Carlos ficou conhecido na cidade catarinense como DJ Carlos Fuse. Na profissão, fez sucesso nos anos 2000. A sentença da Justiça paulista é de 29 de janeiro.

“Ele era um representante de vendas de carro. Ele trabalhava em São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul”, disse o advogado sobre o cliente.

Investigação
Carlos foi abordado pela Polícia Civil após sair de uma caminhonete onde estavam duas malas cheias de cocaína na capital paulista em agosto de 2023.

A investigação começou dias antes. A polícia recebeu informações sobre traficantes que estariam usando flats na região do Jardim Paulista, área nobre da cidade, para guardar drogas em veículos estacionados nesses espaços.

Desse local, os integrantes partiam em caminhonetes para distribuir os

entorpecentes pelas ruas centrais da capital. Em uma das campanas, os policiais flagraram Carlos e um outro homem chegando de picape a um desses apart-hotels.

Horas depois, eles deixaram o flat a pé, andaram um trecho e embarcaram em outra caminhonete, uma Ram. Foi nesse momento que ambos acabaram abordados pelos policiais.

Com eles não havia nada ilícito, mas os agentes foram até o primeiro veículo, que estava no hotel, e encontraram duas malas com 94 tijolos de cocaína.

Dessa forma, a dupla foi presa em flagrante. Assim como Carlos, o comparsa também foi condenado por tráfico de drogas.

O que diz a defesa
O advogado diz que a defesa não concorda com a sentença, "até porque não havia elementos para ela”, e recorreu.

Sobre o pedido de habeas corpus, disse que "a defesa entende que não há elementos suficientes para a manutenção dessa prisão, considerando que durante o processo, as audiências, a instrução não houve prova da materialidade, não houve uma certeza de que ele estaria participando dessa empreitada, muito menos de que essa droga era de sua propriedade”.