Tivi São Lourenço, 22 de novembro de 2024
Segurança

Empresário que delatou o PCC e a polícia é morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em SP

O homem executado é Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, acusado pelo Ministério Público de São Paulo de lavar dinheiro para o PCC e também de ser o mandante do assassinato de dois integrantes do alto es

Por G1

Atualizado em 09/11/2024 | 13:33:00

Um empresário foi executado a tiros na tarde desta sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Ele havia feito um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público de São Paulo para denunciar o PCC e também corrupção policial.

As câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens encapuzados descem do carro armados com fuzis. Eles fazem dezenas de disparos contra um homem que tenta pular a mureta, mas não consegue escapar. Os assassinos voltam para o carro e fogem.

"Muito, muito tiro. E todo mundo saiu correndo para dentro do aeroporto. Depois disso, eu já não vi mais nada porque corri junto com uma funcionária grávida”, conta uma testemunha.
O veículo foi encontrado nas proximidades do aeroporto. Dentro, havia munição de fuzil e um colete à prova de balas.

O homem executado é Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, acusado pelo Ministério Público de São Paulo de lavar dinheiro para o PCC e também de ser o mandante do assassinato de dois integrantes do alto escalão do grupo criminoso em dezembro de 2021. Ele chegou a ser preso em 2023. O empresário fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público para denunciar crimes do PCC e também casos de corrupção de policiais de São Paulo.

 

Antônio Gritzbach voltava de Goiás para São Paulo. Estava com a namorada, e o filho o esperava no desembarque do aeroporto. Nenhum deles se feriu.

Testemunhas contaram que o carro dos bandidos passou pelo menos duas vezes pelo local antes de parar, exatamente em frente a um ônibus da Guarda Municipal. Os dois homens fizeram os disparos ao lado do ônibus, que é usado como uma base de segurança do aeroporto. Normalmente, seis guardas municipais ficam ali, mas nenhum deles estava presente no momento dos tiros.

Os disparos foram feitos a poucos metros do portão do terminal de desembarque. Dois homens e uma mulher ficaram feridos. Na hora dos tiros, centenas de pessoas que estavam no aeroporto presenciaram o caos e o medo durante o atentado.

"Estava cheio de gente. Todo mundo correu, todo mundo no desespero, cada um correu para um lado, muito cheio de carro ao redor.”, conta uma testemunha.

O Ministério Público de São Paulo disse que ofereceu mais de uma vez segurança a Antônio Vinicius Lopes Gritzbach e que ele sempre recusou a proteção.

A defesa de Antônio Vinícius disse que vai aguardar o fim das investigações para se manifestar. Sobre a ausência de guardas-civis na hora do crime, eles informaram que estavam levando um preso à delegacia.

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