Tivi São Lourenço, 22 de novembro de 2024
Política

Ex-prefeito de cidade de SC fica inelegível após distribuir material de construção de graça em ano de eleição

TSE considerou que houve abuso de poder político nas eleições de 2020 por parte de Thiago Costa, que ocupava o cargo em Rio Rufino, na Serra.

Por G1/SC

Atualizado em 19/08/2023 | 19:13:00

O ex-prefeito de Rio Rufino, na Serra de Santa Catarina, Thiago Costa se tornou inelegível por oito anos, decidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele recebeu a penalidade porque distribuiu gratuitamente materiais de construções no ano das eleições em 2020.

A decisão foi feita na terça-feira (15) e divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) na quarta (16). O g1 não conseguiu contato com a defesa de Costa.

Além de ficar inelegível pelo período de oito anos, a contar da eleição de 2020, o ex-prefeito deve pagar multa no valor de R$ 10.641.

Decisão

O TSE considerou que ele cometeu abuso de poder político. Ele concorria à reeleição em 2020, mas não venceu o pleito.

No entendimento do TSE, o político infringiu o 10º parágrafo do artigo 73 da lei número 9.504/1997, que estabelece as normas para as eleições. Este item da regra proíbe que agentes públicos distribuam bens no ano do pleito.

De acordo com o TSE, a atitude do ex-prefeito afetou a igualdade de oportunidades entre candidatos na eleição de 2020.

O relator da decisão, ministro Benedito Gonçalves, entendeu que a entrega dos materiais de construção não observou os critérios definidos na lei, demonstrou desvio da finalidade da ação social e comprovou significativo incremento nos meses de outubro e novembro, logo antes das eleições.

No voto, o ministro destacou que, na época, não havia nenhum ato municipal declarando estado de calamidade pública ou de emergência na cidade, que pudesse justificar a que o material de construção fosse dado.

Além disso, não existia autorização para a distribuição gratuita de bens materiais de forma indiscriminada no decreto estadual que declarou o estado de calamidade pública em Santa Catarina por causa da covid-19.

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