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Segurança

Ex-soldado dos EUA, produtor musical executado em SP cumpria regime aberto

David Beckhauser Santos Herold foi morto a tiros durante gravação de videoclipe do cantor Boladin 211. Ele foi condenado em 2016 pelo homicídio de um chefe do tráfico em Florianópolis.

Por G1/SC

Atualizado em 05/10/2024 | 11:41:00

O produtor musical David Beckhauser Santos Herold, de 34 anos, morto a tiros na quarta-feira (2) em São Paulo, nasceu em Florianópolis e se mudou para os Estados Unidos, onde chegou a ser soldado. Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), ele estava em regime aberto.

Em 2016, Herold foi condenado por um homicídio motivado, segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, como tentativa para assumir o comando do tráfico em um morro da cidade. A informação foi confirmada pelo TJ nesta quinta (3).

O produtor foi assassinado durante a gravação de um videoclipe do cantor de trap Boladin 211. Dois desconhecidos atiraram mais de 60 vezes contra o produtor.

Conforme o TJSC, Herold possuía condenações em Santa Catarina que, somadas, resultavam em 20 anos, cinco meses e 10 dias, pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio tentado e furto.

Ele enfrentou o tribunal do júri em 2016, porém já aguardava julgamento preso preventivamente desde 2014 - período que posteriormente passou a ser computado no cumprimento das penas.

Por causa dessa condenação, iniciou o período de detento no regime fechado, no Complexo Prisional de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis.

Em 2020, progrediu para o regime semiaberto, cumprido na Colônia Agroindustrial de Palhoça, na mesma região. Alcançou o regime aberto em 11 de outubro de 2023, quando obteve alvará de soltura para cumprir o restante da pena, oito anos e nove meses, em prisão domiciliar.

Conforme o TJSC, ele cumpria regularmente as apresentações mensais à Justiça, outra condição do regime aberto. Não podia, sem autorização do juízo, se ausentar mais de 30 dias de seu domicílio declarado.

Ele não estava com tornozeleira, mas tinha obrigação de recolhimento noturno onde estivesse.

Condenado por morte de chefe do tráfico
Em 2016, Herold foi condenado em tribunal do júri em Florianópolis a 16 anos de prisão pelo homicídio de Thiago Polucena de Oliveira, apontado com um dos chefes do tráfico no Morro do 25. O crime ocorreu em 2014.

Ele também recebeu sentença condenatória por tentativa de homicídio contra o irmão de Thiago, segundo o advogado do réu, Cláudio Gastão da Rosa Filho.

No mesmo júri, ele foi absolvido das acusações de pertencer a um grupo criminoso, portar arma restrita, maus-tratos contra animal doméstico (no caso, o cachorro da vítima, que também morreu baleado no dia do crime) e simular ser agente público.

Em março de 2016, outro acusado do mesmo homicídio foi condenado a 47 anos de prisão. Os dois eram réus do mesmo processo, que foi desmembrado.

Denúncia
Conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, na manhã de 26 de março de 2014, Herold, de 26 anos, e o outro condenado de 28 anos, estavam vestidos de preto, para fingir que eram policiais. Eles estavam acompanhados de comparsas.

 

Ainda segundo o Ministério Público, eles chegaram até a casa onde morava Thiago e atiraram várias vezes. Depois, invadiram a residência atrás dele e do irmão, "com a nítida intenção de executá-los", conforme a denúncia.

Eles disseram aos ocupantes da casa que eram policiais civis. Estavam na casa na hora os dois irmãos e familiares deles.

Ao perceber que eram os alvos dos invasores, os dois irmãos pularam a janela para tentar fugir. Eles foram perseguidos por Herold e comparsas. Thiago, de 23 anos, foi atingido por vários tiros e morreu.

Irmão sobreviveu
O irmão de Thiago, na época com 21 anos, também foi ferido por disparos, mas conseguiu se esconder em outra casa, onde recebeu ajuda dos moradores. Ele conseguiu sobreviver.

Segundo a denúncia, o homicídio teve motivo torpe, já que o objetivo dos réus era o comando do tráfico de drogas do Morro do 25, feito pela família dos irmãos.

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