Alina e Oleg Mihalevich saíram de Kiev e chegaram ao Brasil no início de maio, quando a mulher estava grávida de 32 semanas.
A filha de um casal refugiado da guerra na Ucrânia nasceu em Florianópolis na madrugada desta quinta-feira (23). De Kiev, Alina e Oleg Mihalevich chegaram ao Brasil no início de maio, quando a mulher estava com 32 semanas de gestação.
Sem familiares ou amigos por perto, procuraram por um médico que concluísse o pré-natal da bebê em segurança. O obstetra Diego Di Marco foi quem os acompanhou até o nascimento da pequena Olívia.
"Quando que eu poderia imaginar que uma guerra ocorrendo a milhares de quilômetros iria impactar diretamente na minha vida profissional?", escreveu o médico.
Desde as consultas até o momento do parto, o casal foi acompanhado por uma tradutora de russo, língua que os dois falam fluentemente. Segundo o médico, o casal também domina ucraniano e consegue se comunicar em inglês.
O parto aconteceu cerca de dois meses após o primeiro encontro do profissional com Alina e Oleg, porque a mulher já estava em fase avançada da gestação.
Sobre o parto
Diego contou que o parto normal era um desejo da família, mas que, por causa da falta de dilatação da gestante, isso quase não foi possível. "Até que, após um passeio no shopping, o colo abriu, e viemos internar. Dali pra frente, tudo foi muito rápido e, em pouco mais de 3 horas, a Olívia chegou ao mundo com saúde, para a felicidade de todos!" - escreveu em uma rede social.
"O parto foi lindo"
O pai também se manifestou na internet. Ele divulgou a novidade aos seguidores e contou que a filha nasceu com 3,462 kg e 48 cm. "Já te adoramos, nosso universo", complementou Oleg.
O parto aconteceu em uma maternidade na região continental de Florianópolis. Isso porque, segundo o médico, o único cartório da região que aceita fazer o registro de refugiados que não têm documentos traduzidos e juramentados fica no Estreito. Os pais de primeira viagem moram no bairro Ingleses, no Norte da Ilha.
De acordo com a perícia, a médica usava fragmentos sobrepostos de outros laudos para alterar os diagnósticos originais, falsificando assim o laudo original para indicar o suposto câncer.
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