Longa relembra trajetória de um dos grupos de maior sucesso no Brasil, que terminou com acidente aéreo trágico em 1996.
“Atenção, Creuzeback, ao toque de quatro já vai. Já, já, já, já vai!”
O filme que conta a história da banda Mamonas Assassinas vai ser lançado em todos os cinemas do país nesta quinta-feira, dia 28. O longa-metragem vai relembrar a trajetória de um dos grupos de maior sucesso no Brasil durante os anos 90, que terminou com um acidente aéreo trágico em março de 1996, resultando na morte de todos os cinco integrantes.
Para dar vida aos integrantes do Mamonas Assassinas, o elenco buscou inspirações em obras norte-americanas que fizeram sucesso nos últimos anos, como Bohemian Rhapsody e Elvis.
Ruy Brissac, intérprete do vocalista Dinho, disse ao site Omelete que os filmes centrados nas histórias de Freddie Mercury e Elvis Presley foram suas grandes referências para o trabalho.
“Eu me inspirei muito no Elvis. O Edson [Spinello, diretor] me disse para assistir a este filme especificamente. Ao do Freddie Mercury também, porque o Dinho era muito fã dele. Sempre busquei esses grandes rockstars para misturar essa composição. Acho que essas duas foram as que eu mais busquei inspiração”, contou Brissac.
No caso de Alberto Hinoto, que é sobrinho do guitarrista Bento Hinoto na vida real e interpreta o próprio tio no filme, a principal referência foi The Dirt, cinebiografia da banda norte-americana Mötley Crüe: “Eles têm uma pegada meio Mamonas, sabe? De muita zoeira e tal. Assim como a do Elvis, eu busquei assistir de novo com um olhar mais técnico para prestar atenção na atuação, coloração das cenas e tudo mais".
Produtora do longa, Walkiria Barbosa explicou que Bohemian Rhapsody foi a principal inspiração para a cinebiografia por se tratar também de uma experiência musical. Segundo ela, apesar da irreverência, o quinteto dos Mamonas também era conhecido por seus membros serem grandes músicos.
"Eles amavam a música e queriam ser músicos. Eles lutaram durante anos para serem o que eles viraram, entendeu? Então a gente não podia fazer um filme que não fosse uma grande experiência musical. Nós gravamos todas as músicas em estúdio e, inclusive, vamos lançar o disco dessas de gravações. É o Ruy que canta no filme, são os meninos que tocam. Mamonas é uma unanimidade”, concluiu.
Obra inspiradora
Na visão do elenco, Mamonas Assassinas: O Filme não é apenas uma cinebiografia que se limita a retratar a trajetória do quinteto que fez história nos anos 1990, com apenas sete meses de fama. Para os atores, o filme tem como trunfo ser uma obra inspiradora ao mostrar como os integrantes da banda conseguiram conquistar seus sonhos mesmo quando eram desacreditados por muitos.
Adriano Tunes, que deu vida ao baixista Samuel Reoli, afirmou que a história de superação do quinteto é capaz de inspirar muitas pessoas. “É um filme que conta a história de meninos que lutaram e conquistaram o público sem vir de famílias que já eram famosas. Eles surgiram do nada e conquistaram tudo".
Para Rener Freitas, intérprete do baterista Sérgio Reoli, só o fato de ser um filme sobre os Mamonas Assassinas já coloca a cinebiografia em outro patamar. “Mamonas Assassinas ainda é muito presente em todas as famílias brasileiras, sabe? Ainda está no coração dos fãs. Diante de tudo que aconteceu, ficou uma saudade muito grande. Tudo isso já faz o filme ter um grande destaque”, explicou.
Walkiria definiu a cinebiografia como uma obra necessária. “Mamonas é uma coisa fora da curva. Quando entramos no projeto, fizemos uma pesquisa e vimos que milhões de pessoas ainda escutam suas músicas em plataformas digitais, em mais de 33 países diferentes. São diferentes culturas artísticas e gerações que ainda admiram esses garotos. A festa está chata? Coloca Mamonas Assassinas”.
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