Tivi São Lourenço, 25 de novembro de 2024
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Força-tarefa em 20 escolas de SC encontra inadequações aparentes em 80% delas; veja cidades

Vistoria do TCE avaliou mais de 200 pontos relacionados à acessibilidade, segurança, prevenção de incêndio, higiene e limpeza. Unidades checadas são municipais e ficam em 14 cidades.

Por G1/SC

Atualizado em 28/04/2023 | 09:01:00

Uma força-tarefa do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) em 20 escolas municipais catarinenses apontou que 80% delas têm inadequações aparentes logo na entrada. Além disso, 90% não possuem biblioteca e 75% não têm recursos de acessibilidade nas vias de circulação interna.

O trabalho é parte da Operação Educação, uma iniciativa nacional dos tribunais de contas para traçar um panorama da infraestrutura escolar no país. Em Santa Catarina, as vistorias foram feitas entre segunda-feira (24) e quarta (26).

Os colégios foram escolhidos a partir de indicativos de situações críticas na infraestrutura, levantados pelo Censo Escolar 2022. O TCE também usou dados do Painel da Educação.

Foram avaliados cerca de 200 itens em cada unidade. O balanço parcial da força-tarefa apontou as seguintes situações:

  • 75% das escolas visitadas não dispunham dos recursos de acessibilidade nas suas vias de circulação interna para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;
  • 80% das escolas visitadas tinham inadequações aparentes logo na entrada;
  • 75% das salas de aula inspecionadas tinham inadequações aparentes;
  • 20% das escolas observadas tinham inadequações aparentes nas condições de limpeza e higienização;
  • 5% das escolas não tinham fornecimento regular de água;
  • 60% das escolas visitadas estavam com a vistoria do corpo de bombeiros fora do prazo de validade;
  • 40% das unidades visitadas tinham problemas aparentes no armazenamento de alimentos;
  • 90% das escolas visitadas não tinham biblioteca;
  • 70% das escolas não tinham câmeras de segurança.

Além disso, foram encontrados os seguintes problemas, de acordo com o TCE:

  • banheiros em más condições;
  • problemas na estrutura dos telhados;
  • buracos nos forros das cozinhas;
  • janelas quebradas e remendadas por plásticos, com o agravante de ser em região fria do estado e com a proximidade do inverno;
  • problemas de segurança, como a falta de grades em muros, possibilitando o acesso de pessoas não autorizadas;
  • ferragens de construção próximas aos alunos;
  • brinquedos infantis com metais expostos, como pregos;
  • pisos em cimento áspero, que podem machucar em caso de queda;
  • classes multisseriadas (mais de um ano escolar por sala).

“Nos próximos dias, o TCE/SC encaminhará os achados com as irregularidades encontradas aos municípios, na busca de solução administrativa consensual, que é mais rápida. Se isso não acontecer, os gestores públicos poderão ser responsabilizados em processos específicos”, explicou o coordenador da operação no Estado, Rafael Maia.

As escolas que passaram pela vistoria em Santa Catarina são nos municípios de:

  • Agrolândia, no Vale do Itajaí
  • Anchieta, no Oeste
  • Araranguá, no Sul do estado
  • Içara, no Sul
  • Jaguaruna, no Sul
  • Laguna, no Sul
  • Lontras, no Vale do Itajaí
  • Santa Terezinha do Progresso, no Oeste
  • São Domingos, no Oeste
  • São Francisco do Sul, no Norte do estado
  • São Joaquim, na Serra
  • São José do Cerrito, na Serra
  • Urussanga, no Sul
  • Vidal Ramos, no Vale do Itajaí

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