Menino de 7 anos morreu, segundo a família, após inalar produto. Polícia Civil investiga caso. Saiba o que é o produto e veja cuidados necessários no manuseio dele.
Uma fotografia publicada em uma rede social mostra um menino de 7 anos brincando com calcário minutos antes de morrer em Ipiranga, nos Campos Gerais do Paraná, na localidade rural São Manoel. Segundo o tio da criança, a morte ocorreu após ele inalar o produto.
"Essa foto foi a última (foto) e tirada minutos antes do teu trágico falecimento, ocasionado pela inalação de calcário, enquanto brincava. [...] As lembranças que terei de você, meu querido, sempre serão as melhores", diz publicação.
O caso foi registrado na quinta-feira (3). No Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado pela Polícia Militar (PM) consta que o pai aplicava o calcário na lavoura enquanto observava o menino brincando com o produto.
Em determinado momento, o pai viu que o menino estava "enterrado" no calcário e rapidamente o retirou do local e levou a criança para o hospital da cidade, segundo o boletim.
Na unidade hospitalar foi constada a morte; a causa da morte não foi informada.
A Polícia Científica fez perícia no local, e a Polícia Civil afirmou que vai ouvir testemunhas para apurar o caso e as causas da morte da criança.
O corpo do menino foi enterrado na tarde de sexta-feira (4) em Ponta Grossa, na mesma região do estado.
O que é calcário e quais cuidados ao manusear
O produto é retirado de rochas que contêm o carbonato de cálcio. As rochas são partidas na extração e, na indústria, são moídas até virarem pó fino.
Além da agricultura, o calcário também é usado na construção civil e em indústrias.
Na agricultura, o objetivo do uso do calcário é corrigir a acidez do solo entre as safras através do equilíbrio do pH - escala numérica que mede a acidez da terra -, o que auxilia na absorção dos fertilizantes e aumenta a eficiência do plantio e evitar perdas.
Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a substância deve ser armazenada em local seco e limpo, dentro da embalagem original fechada.
Devem ser evitadas a inalação e a geração de poeira. O material pode causar irritação nos olhos, pele e sistema respiratório.
A exposição prolongada à sílica cristalina, como é chamada a fração respirável, pode causar tosse, falta de ar, diminuir a função pulmonar, irritar os olhos e até mesmo provocar câncer, diz o IPT.
Em casos de inalação, o instituto recomenda que a pessoa seja imediatamente levada para espaços com ar fresco e para atendimento médico.
“Se não respirar, se a respiração for irregular ou se ocorrer parada respiratória, fornecer respiração artificial ou oxigênio por pessoal treinado”, diz o instituto.
Também é investigado se menino sofreu violência sexual. Caso aconteceu em Balneário Piçarras.
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