Conforme o médico, as infecções das vias áreas se intensificam no inverno, pois, pelas baixas temperaturas
Apesar do inverno não ter se apresentado com intensidade, casos de gripes e resfriados foram comuns no período. São as chamadas infecções das vias áreas superiores e inferiores. A boa notícia, segundo o médico clinico geral da Fundação Hospitalar São Lourenço, Djonata Staudt, é que os casos estão diminuindo. Ele justifica a queda destacando a saída do inverno.
Conforme o médico, as infecções das vias áreas se intensificam no inverno, pois, pelas baixas temperaturas, naturalmente os ambientes ficam mais fechados e a concentração das pessoas nesses locais favorece a disseminação do vírus. “Não é tanto pela questão do frio”, explica revelando que a procura pelos serviços médicos foi grande nos últimos meses. “A gente viu muitos casos de resfriados, principalmente acometendo as crianças”, compartilha.
Ainda que as estruturas de saúde estejam a disposição para o atendimento dos pacientes, Staudt lembra que, nos casos de gripes e resfriados, as pessoas também podem adotar algumas medidas iniciais que auxiliam na recuperação. “A gente orienta o paciente a procurar o auxilio médico quando o quadro não responde as medidas básicas adotadas em casa que é o uso de um chazinho quente e um antitérmico. Após o segundo dia sem respostas, é importante procurar a ajuda médica”, orienta lembrando que nos casos de resfriado o quadro é autolimitado.
Paralelo essas medidas, Staudt sugere que alguns cuidados sejam adotados no dia a dia. Entre eles, destaca limpeza das mãos, uso de álcool em gel e uso de máscara em casos de sintomas compatíveis com resfriados e gripes. “Tudo isso vai evitar a transmissão para outras pessoas”, cita recordando do período de pandemia.
Diferenças entre gripe e resfriado
Conforme o médico, o resfriado se caracteriza por tosse e coriza, mas o paciente não desenvolve febre, ou no máximo faz uma febrícula de 37°C. Já o quadro de gripe, segundo Staudt, é mais avançado. “Muitas vezes tem também a questão de vírus como o da H1N1 ou H2N3. Mas a diferenciação é essa: resfriado mais simples e autolimitado. A gripe vem acompanhada, além da coriza e tosse, de dor e irritação na garganta, mal estar geral, dor no corpo, mialgia, dor de cabeça e geralmente febre”, diferencia sugerindo que neste último quadro a orientação é procurar tratamento médico.
Alergias
Embora o aumento das temperaturas faça com que o número de casos de resfriados e gripes diminua, a proximidade com a primavera, onde há a floração das plantas, aumenta o número dos quadros alérgicos, os quais por vezes são confundidos com resfriados. Staudt prevê o acometimento de pessoas que sofrem de renite, dermatite alérgica por contato, asma e doença pulmonar crônica. “Muitas vezes a pessoa consegue controlar o ano todo, mas é exposto ao pólen ou a poeira e sofre uma agudização do quadro”.
Segundo o médico, quem tem conhecimento da existência do quadro alérgico, a orientação é evitar a exposição aos agentes agravantes. Uso de máscara em alguns casos pode ser uma alternativa eficiente.
Automedicação
Independente do quadro ou situação, Staudt lembra e orienta as pessoas a evitarem a automedicação. “Com o acesso a internet, as pessoas passaram a se automedicarem em casa. Mas muitas vezes essa medicação pode agravar o quadro”, disse explicando que a prescrição depende de uma avaliação médica e exames específicos.
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