Tivi São Lourenço, 28 de outubro de 2024
Gerais

Grupo apontado por ataque cibernético com prejuízo de R$ 2,5 milhões é alvo de operação em 7 estados e no DF

Investigação começou depois da prisão dos responsáveis pelo roubo e sequestro de duas gerentes de um banco de Blumenau em 2022.

Por G1/SC

Atualizado em 07/02/2024 | 09:51:00

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpre nesta quarta-feira (7) 12 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão contra um grupo especializado em invadir sistemas bancários por meio de ataque cibernético com prejuízos milionários.

Além de Santa Catarina, a ação acontece no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rondônia e Paraíba, e no Distrito Federal.

A investigação começou depois da prisão dos responsáveis pelo roubo e sequestro de duas gerentes de um banco de Blumenau em 2022. Uma organização criminosa apontada por invadir instituições financeiras e causar prejuízo de R$ 2,5 milhões encomendou os notebooks das vítimas.

Depois do crime, os investigadores identificaram a estrutura do grupo e os membros encarregados pelas invasões no sistema operacional do banco. Três ex-colaboradores tiveram as prisões decretadas por auxiliarem no crime.

Os mandados da "Operação Takedown", como foi batizada, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Blumenau. Para cometer os crimes os criminosos usam uma fraude cibernética chamada de "ataque lógico". Veja como funcionava o crime, segundo o Gaeco:

Notebook do banco: o grupo criminoso consegue ilicitamente, mediante furto ou roubo, notebooks de funcionários da instituição financeira. É comum um colaborador do estabelecimento repassar informações para ajudar no crime;
Acesso à rede do banco: de posse do notebook do banco, os criminosos agem como se fossem colaboradores e acessam a rede da instituição financeira. Podem usar uma VPN ou o Wi-Fi da agência;
Acesso ao sistema transacional: assim que a rede do banco é conectada, ocorre o acesso ao sistema transacional através do uso das credenciais de um gerente. A senha funcional do gerente é obtida e repassada à organização criminosa;
Efetivação das transferências: são acessadas contas em que o grupo já sabe que possuem grandes valores e são efetuadas transferências eletrônicas para "laranjas".

A operação tem o apoio das polícias de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Rondônia e do Distrito Federal. Os ministérios públicos do Ceará e do Distrito Federal também ajudam na ação.

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