Tivi São Lourenço, 26 de outubro de 2024
Segurança

Homem acaba morto depois de assassinar 3 pessoas e ferir 9 em Novo Hamburgo (RS)

Identificado como Edson Crippa, o homem de 45 anos abriu fogo contra os policiais e contra os próprios parentes que estavam no quintal da casa.

Por G1

Atualizado em 24/10/2024 | 11:57:00

Um homem acabou morto depois de assassinar a tiros três pessoas e ferir nove em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

Na noite de terça-feira (22), policiais militares atenderam ao chamado de um casal de idosos que denunciou maus-tratos praticados pelo filho. O homem, identificado como Edson Crippa, de 45 anos, abriu fogo contra os policiais e contra os próprios parentes que estavam em frente à casa.

"De forma inesperada e totalmente agressiva, ele aparece e começa a atirar, efetuando vários disparos em todas as pessoas, em todos os policiais que tentavam se aproximar. A todo momento tentamos negociar com ele”, conta o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º BPM de Novo Hamburgo.
O atirador matou o pai, Eugênio Crippa, o irmão, Everton Crippa, e um policial militar, Everton Kirsch Junior, de 31 anos. Everton deixa a esposa e um filho de um mês.

"Essa situação, para nós, é bem complicada porque o soldado Kirsch era um soldado excepcional, um exemplo de policial militar”, diz o tenente-coronel Alexandro Famoso.
O assassino se refugiou dentro da casa e reagiu com tiros às tentativas de contato da polícia. O Batalhão de Operações Policiais Especiais socorreu os feridos sob fogo cruzado.

"Foram três incursões do Bope. Na primeira, socorreram os policiais militares. Na segunda, a retirada, então, já do soldado Kirsch morto. E, nas seguintes, os familiares”, conta o comandante-geral da Brigada Militar de RS, coronel Cláudio dos Santos Feoli.
Depois de nove horas de confronto, a polícia invadiu a casa e encontrou o atirador morto.

"Ele tinha farta munição, duas pistolas – uma calibre 9 mm e uma calibre 380 – e mais duas carabinas, e efetuou disparos em cima dos policiais durante todo o tempo”, diz o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil de RS.
Na fachada da casa, as marcas de um dia de terror. Segundo as investigações, as armas estavam em situação legal. A polícia diz que o homem tinha histórico de transtornos mentais e quer apurar como ele conseguiu o certificado de CAC – Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador.

O Exército declarou que o atirador conseguiu o certificado de CAC em 2020 e apresentou o laudo de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo e todos os documentos exigidos pela legislação.

Seis pessoas estão no hospital, entre elas, dois policiais militares em estado grave. A mãe e a cunhada do atirador têm quadro clínico estável.

 

NOTÍCIAS RELACIONADAS