Após o estupro, Júlia foi estrangulada até a morte, enrolada em um cobertor e enterrada; o condenado é suspeito de matar ex em frente aos filhos
Um homem que estuprou e matou uma jovem de 19 anos em Bom Jardim da Serra, no Planalto catarinense, foi condenado a 30 anos de prisão na quinta-feira (13). A Justiça concluiu que ele violentou a vítima, chamada Júlia Antonello Paes, a estrangulou e depois descartou o corpo enrolado em um cobertor.
No Tribunal do Júri, o homem de 40 anos foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e fraude processual. Ele foi condenado a 30 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado.
O caso ocorreu em 19 de agosto de 2023. O criminoso estuprou a jovem e depois a estrangulou até a morte. O corpo de Júlia foi enrolado em um cobertor e enterrado na localidade rural de Rabungo. Suas roupas e celular foram destruídos para ocultar provas e o homem ainda lavou o próprio carro para apagar os vestígios de sangue.
O corpo da jovem foi encontrado apenas cinco meses depois. Até então, a família de Júlia acreditava que ela estava desaparecida, e não morta. No entanto, quando ela foi encontrada, o homem já estava preso preventivamente.
Ele é suspeito de matar a ex-companheira, Maria Aparecida da Rosa, de 33 anos, na frente dos dois filhos. O homem ainda será julgado por esse crime em um Tribunal do Júri.
Maria Aparecida foi assassinada após descobrir que o ex-namorado matou Júlia, aponta a Polícia Civil.
‘A Justiça por Júlia foi feita’, diz promotora em julgamento de estupro e morte
Na sequência, os advogados de defesa argumentaram que o cliente não teve a intenção de matar a vítima, o que foi rejeitado. Os jurados acolheram integralmente a denúncia do MPSC e condenaram o réu.
Além do estupro, o homicídio foi quadruplamente qualificado por conta do feminicídio, asfixia, dificultar a defesa da vítima e a tentativa de esconder o crime.
Após a condenação, o homem foi reconduzido ao presídio e não poderá recorrer em liberdade.
“A justiça por Júlia foi feita. Agora, nossa missão é buscar a condenação pelo crime contra a ex-companheira. Seguiremos firmes para que todas as vítimas tenham sua voz ouvida”, afirma a Promotora de Justiça Stephani Gaeta Sanches.
Segundo o MPSC, o crime ocorreu antes da lei que tipificou o feminicídio como crime separado ser sancionada e a legislação não retrocede, portanto o crime não foi somado à pena do homem.
Denuncie a violência contra a mulher
Toda violência doméstica deve ser denunciada sob a Lei Maria da Penha. Se presenciou ou foi vítima, informe as autoridades. Em Santa Catarina, a denúncia pode ser feita de maneira online na Delegacia de Polícia Virtual da Mulher por este link ou pelo WhatsApp (48)98844-0011. Na Polícia Militar, usa-se o aplicativo PMSC Cidadão. Já por telefone, a denúncia pode ser anônima pelos telefones 181 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar) e 180 (Disque Denúncia).
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