Tivi São Lourenço, 13 de abril de 2025
Segurança

Homem que matou filha de dois meses com cabeçadas na parede é condenado a 14 anos de prisão em SC

Caso aconteceu na madrugada de 25 de setembro de 2020 em Florianópolis. Segundo o MSPC, essa foi a segunda vez que ele foi julgado pelo crime.

Por G1/SC

Atualizado em 09/04/2025 | 11:11:00

Um homem foi condenado a 14 anos de prisão por matar a própria filha de dois meses em Florianópolis. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), essa foi a segunda vez que ele foi julgado pelo crime .

O assassinato aconteceu na madrugada de 25 de setembro de 2020. Conforme o órgão, depois de se levantar da cama para dar mamadeira à filha, bateu a cabeça dela contra a parede várias vezes. A menina teve traumatismo cranioencefálico que resultou em sua morte.

Na ocasião, a Polícia Civil informou que o homem alegou que a criança se afogou com leite. Após exames periciais, a mãe teria relatado que o marido se irritou e bateu com a criança na parede por não conseguir colocar a menina para dormir.

Ainda segundo a polícia, ela afirmou na época que era ameaçada pelo homem.

Condenação
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, ele foi condenado por homicídio, com agravante de ter sido praticado contra a filha, e terá que cumprir a pena em regime inicial fechado.

Essa foi a segunda vez que o réu foi levado ao Tribunal do Júri pela prática desse crime. No primeiro julgamento, foi condenado a apenas um ano de prisão em regime aberto por homicídio culposo (sem intenção de matar). A 37ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, no entanto, ingressou com recurso para novo julgamento, que foi aceito.

No recurso, o promotor Jonnathan Augustus Kuhnen sustentou que os jurados teriam levado em conta exclusivamente o depoimento do réu. Ele havia alegado que a morte ocorreu por asfixia pela falta de habilidade para dar mamadeira à criança.

O laudo cadavérico, no entanto, apontou como causa exclusiva da morte o traumatismo cranioencefálico - descartando a possibilidade de asfixia, informou o órgão.

Em depoimento, a mãe da bebê contou que na noite do crime acordou com o barulho que parecia ser de uma batida, mas o réu disse que não seria nada. Depois, chamou a mulher dizendo que a criança havia se asfixiado com a mamadeira.

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