Tivi São Lourenço, 07 de janeiro de 2025
Segurança

Imagens mostram momento em que polícia dispara contra ‘Anão da Solidão’ em Florianópolis

Ernesto Schmidt Neto, conhecido como Betinho, foi morto após um confronto com a polícia na praia da Solidão, em Florianópolis

Por ND Mais

Atualizado em 05/01/2025 | 11:47:00

Ernesto Schmidt Neto, de 48 anos, conhecido como “Anão da Solidão”, foi morto em confronto com a Polícia Militar no último sábado (4), na Praia da Solidão, no Sul de Florianópolis. Segundo a PM, ele tentou esfaquear os agentes antes de ser baleado.

O incidente ocorreu por volta das 9h40min, na Rua Inério Joaquim da Silva, bairro Pântano do Sul. Segundo relatos, a polícia foi acionada após “Betinho” ameaçar uma inquilina com uma faca durante um desentendimento.

Psicólogo do ‘Anão da Solidão’ lamenta morte
O psicólogo Thomas Teixeira Fidryszewski, também morador da Solidão, conta que acompanhava os recorrentes surtos da vítima. Em depoimento pessoal, ele afirma que “Betinho” sofria com constantes crises nervosas devido à depressão e agressividade, mas era “facilmente” controlado por ele e amigos da comunidade.

“Os inquilinos chamaram a polícia, que arrombaram a porta de sua casa e em seguida, dispararam mais de 5 tiros em um sujeito com menos de 1 metro de altura, tendo em vista que poderia ser controlado pelos policiais”, criticou o psicólogo.

Thomas alegou que um amigo em comum deles colocou-se a disposição para conversar com “Betinho” para acalmá-lo e fazer com que ele se entregasse. Mas, segundo Thomas, “os policiais o impediram de ajudar”.

O psicólogo destacou que o “Anão da Solidão” era filho único de dona Joaquina e tinha problemas psicológicos. Ele destacou que moradores o respeitavam e “em diversos momentos deram conta de suas crises que eram acometidas por um comportamento agressivo, porém, controlado por quem o conhecia”, finalizou.

PM diz que Betinho já tinha passagens pela polícia
A Polícia Militar informou que Ernesto tinha passagens por diversos delitos, incluindo ameaça, desacato, perturbação, invasão de propriedade, dano, lesão corporal e por dirigir sob efeito de álcool. O comandante do 4° Batalhão, tenente-coronel André Serafin, afirmou que “Anão da Solidão” estava alterado e tentou atacar os policiais com uma faca.

“O sargento da ronda chegou no local e, no momento que tentou fazer a primeira intervenção de conversar, ele partiu para cima”, justificou o comandante, ressaltando o histórico de comportamento agressivo da vítima.

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