Tivi São Lourenço, 30 de outubro de 2024
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Internações por Covid-19 aumentam em SC e mais 11 estados, divulga FioCruz

Nas últimas quatro semanas, a doença foi responsável por 47% dos resultados positivos para vírus respiratórios.

Por ND Mais

Atualizado em 19/11/2022 | 13:19:00

A FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou nesta sexta-feira (18) um novo boletim com dados de doenças respiratórias no Brasil. Segundo a Fundação, Santa Catarina e mais 11 estados tiveram “aumento moderado” de hospitalizações.

Somente em Florianópolis nesta sexta-feira (18), de acordo com o portal covidômetro, são 1.662 casos ativos. Os números representam pessoas que estão em fase de transmissão da doença.

De acordo com a FioCruz, o crescimento do número de pacientes internados com Srag na semana entre 6 e 12 de novembro foi observado, Além de Santa Catarina, em Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo a Fiocruz, entre os vírus respiratórios, o Sars-CoV-2 (causador da Covid-19) representa 47% do total dos testes das últimas quatro semanas.

Em seguida, aparecem os vírus sincicial respiratório (24,2%), influenza A (10,3%) e influenza B (0,3%).

As mortes que estão sendo registradas por Srag (síndrome respiratória aguda grave) são majoritariamente devido à Covid-19 (83,6%).

De acordo com o portal R7, os pesquisadores mantiveram o alerta em relação à Covid-19, mas também para o vírus sincicial respiratório, que no estado de São Paulo tem afetado crianças de até 4 anos, grupo considerado de risco.

Outro estudo já alertava aumento

Os casos de Covid-19 saltaram em Santa Catarina. De acordo com um estudo publicado pelo NECAT-UFSC (Núcleo de Estudos da Economia Catarinense da Universidade Federal de Santa Catarina), mostra que os casos ativos subiram 52% em apenas uma semana. Os dados são de pessoas que estavam em fase de transmissão da doença, ou seja, com o vírus ativo.

O estudo considera os números no Estado no período entre o dia 5 ao dia 11 de novembro. Com eles, o NECAT defende que os dados comprovam que o contágio apresentou um movimento de expansão expressiva na última semana, contrapondo com a tendência de queda registrada nos dois últimos meses.

Para se ter uma ideia, no dia 4 de novembro eram 1.873 pessoas com infecção ativa da doença. Já no dia 11 o número saltou para 2.842. O número representa 969 pessoas a mais positivadas.

O documento finaliza explicando que estamos na iminência de uma nova onda contaminatória provocada pela nova variante do coronavírus denominada de BQ.1, cuja circulação já foi comprovada também no estado catarinense.

Vacina contra a doença

De acordo com a Agência Brasil, a Pfizer Inc e sua parceira alemã BioNTech SE disseram nesta sexta-feira (18) que seu imunizante adaptado à Ômicron produziu mais anticorpos neutralizantes contra a subvariante emergente BQ.1.1 em adultos mais velhos do que sua vacina original.

Os níveis de anticorpos contra a variante aumentaram quase nove vezes em adultos mais velhos, com 55 anos de idade ou mais, que receberam a vacina contra Ômicron em comparação com um aumento de aproximadamente duas vezes nos participantes com o imunizante original, de acordo com dados publicados no arquivo online bioRxiv.

A médica epidemiologista e gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, explicou essa semana para o portal ND+ sobre o surgimento da nova variante.

Vidor explica que como é usual, a nova onda chega primeiro nos adultos jovens, que acabam se expondo mais e, em contraste, estão com coberturas vacinais, especialmente de reforço, mais baixas.

“A próxima etapa é estas infecções chegarem aos contatos domiciliares, familiares. Aí, atingem as crianças e os idosos. Por isso é muito importante que todos os que ainda estão com esquema vacinal incompleto (adultos, crianças, idosos) coloquem o esquema vacinal em dia o mais rápido possível”, fala.

Segundo a médica, os hospitais de várias capitais no país já estão sentindo o impacto do que chamou de uma “nova onda”.

A médica finaliza explicando que a população precisa se atentar aos fatores de risco: aglomerações, ambientes pouco ventilados, contatos sem máscara e, novamente, fazer as doses de reforço, caso não estejam com a vacina em dia.

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