Tivi São Lourenço, 01 de março de 2025
Segurança

Investigação descarta crime contra casal de agricultores achado morto com menos de 24h de diferença em SC

Mulher era velada quando homem foi achado morto em Itaiópolis. Polícia encerrou cerimônia para periciar corpo. Investigação durou quase 7 meses.

Por G1/SC

Atualizado em 09/12/2024 | 10:17:00

A investigação que apurou as circunstâncias das mortes de dois agricultores na mesma casa em apenas 24h foi concluída na sexta-feira (6), pela Polícia Civil, que descartou crime contra eles. Os corpos de Ângela Maria Kazmierczak Partala e Gerônimo Kosmala foram encontrados nos dias 19 e 20 de maio em Itaiópolis, no Norte do estado.

Quase sete meses depois, o delegado Eduardo Borges informou que, "embora existissem suspeitas sobre alguns indivíduos envolvidos e o ambiente conflituoso", não ficou comprovado que o casal foi assassinado. "Faltaram evidências concretas que pudessem comprovar o envolvimento de terceiros nos óbitos".

A polícia não confirmou, no entanto, a causa da morte de Ângela, mas acredita que a de Gerônimo ocorreu naturalmente devido às comorbidades que tinha, somadas ao uso de bebida alcóolica.

O casal não vivia junto. Inicialmente, a polícia falou em um relacionamento amoroso entre ambos, extraconjugal. A investigação apurou, no decorrer dos meses, que Ângela era casada com outro homem, mas se refugiava na casa de Gerônimo após sofrer agressões do marido.

Investigação
A investigação teve início no dia em que Gerônimo foi encontrado morto em casa. Ângela ainda era velada. A cerimônia de despedida dela precisou ser interrompida, na ocasião, a pedidos da polícia.

O corpo da mulher foi submetido à perícia. A perícia apontou que havia sinais de violência pelo corpo anteriores ao dia em que ela foi achada morta. Segundo a investigação, o laudo vai de encontro com os depoimentos colhidos com testemunhas.

Já a suspeita de envenenamento surgiu após a localização de alguns frascos na casa de Gerônimo. Não havia produto tóxico neles, no entanto. "Os elementos coletados não apontaram para a ocorrência de homicídios", afirmou.

Violência doméstica
A mesma investigação que descartou homicídios, encontrou indícios de violência doméstica contra Ângela, pelo marido. O homem passou a ser investigado pelas lesões causadas à mulher antes de ela morrer, mas não chegou a ser punido por elas.

Segundo o delegado, o homem faleceu em novembro, durante o andamento do inquérito, o que extinguiu o processo.

 

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