Tivi São Lourenço, 18 de janeiro de 2025
Segurança

Jovem é encontrada morta três meses depois de ser sequestrada no lugar do marido em SC

Camila Florindo D’Avila foi morta e enterrada em uma fazenda no interior do Paraná

Por NSC Total

Atualizado em 16/01/2025 | 17:20:00

A jovem Camila Florindo D’Ávila, desaparecida desde 8 de outubro do ano passado, quando teria sido sequestrada por um grupo de homens em Araquari, foi encontrada morta nessa terça-feira (14), cerca de três meses após o crime. Segundo a Polícia Civil, o corpo da mulher de 22 anos estava enterrado em uma área de mata na cidade de Ibaiti, no interior do Paraná. Cinco pessoas já foram presas.

Como ocorreu o sequestro

O sequestro teria ocorrido na noite de uma terça-feira, no dia 8 de outubro, em um loteamento. Camila estava acompanhada de uma amiga e o marido quando um carro parou no local. Homens encapuzados saíram do veículo e informaram que eram da polícia.

O objetivo dos suspeitos, segundo a Polícia Civil, era matar o marido de Camila. A vítima se relacionava com um homem que tinha envolvimento no tráfico. Por conta da desavença entre os suspeitos e o marido de Camila, a mulher foi sequestrada após a tentativa de homicídio fracassada. De acordo com o Delegado Rafaello Ross, o homem saiu correndo e deixou a esposa para trás. O companheiro da vítima é considerado foragido por outros crimes.

Na ocasião, a jovem foi levada à força para dentro do automóvel. Desde então, ela não foi mais vista.

— Ele (marido de Camila) é integrante de uma organização criminosa e tudo nos aponta de que uma disputa dentro da organização criminosa buscava tirá-lo do cargo e executá-lo, mas acabaram não conseguindo alcançá-lo — explica o delegado Neto Gattaz.

As investigações apontaram que Camila foi levada para Curitiba e depois para o interior do Paraná, onde foi executada, dois dias após o sequestro, com um disparo de arma de fogo. O corpo foi encontrado em uma cova em uma plantação de eucalipto na zona rural de Ibaiti. A Polícia também contou com apoio de outros órgãos policiais, inclusive do Núcleo de Operações com Cães de Santa Catarina para realizar as buscas.

Segundo a Polícia Civil, foi durante o trajeto entre Curitiba e o interior do PR que os homens decidiram matar a vítima como “queima de arquivo”, pois a princípio Camila seria solta.

— Ela foi levada para a cidade de Curitiba e lá aconteceu algum desentendimento entre os próprios sequestradores. Um deles acabou sendo morto com vários disparos de arma de fogo ali na cidade de Curitiba, foi deixado para trás e eles continuaram a fuga — conta o delegado.

Oito suspeitos foram identificados, entre eles cinco já foram presos, dois continuam foragidos e um foi morto. Uma deles ainda está sendo investigado para encontrar provas da participação.

As prisões aconteceram em dezembro nas cidades de São Francisco do Sul e nos municípios paranaenses de Curitiba, Norte Pioneiro e Foz do Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos já tinham envolvimento com crimes e um deles já havia cometido ao menos um homicídio.

A polícia ainda suspeita que os foragidos tenham cruzado a fronteira e ido para o Paraguai. O delegado responsável pelo caso informou que as investigações irão continuar e a Interpol irá ser acionada para prestar apoio nas buscas dos foragidos.

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