Tivi São Lourenço, 04 de dezembro de 2024
Segurança

Mãe e padrasto de menina que 'morreu de tanto apanhar' são condenados a 36 e 41 anos de prisão em SC

Júri do casal começou ainda na terça e durou cerca de 17 horas. Resultado foi divulgado às 3h desta madrugada de quarta-feira.

Por G1/SC

Atualizado em 04/12/2024 | 12:49:00

A mãe e o padrasto de Isabelly de Freitas, de 3 anos, assassinada há nove meses em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foram condenados pelo crime nesta quarta-feira (4). Daniela Sehnen Blum recebeu pena de 36 anos e 11 meses de reclusão enquanto Marcelo Gomes foi condenado a 41 anos e nove meses de prisão.

O júri popular do casal começou ainda na terça (3), durou cerca de 17 horas e o resultado foi divulgado às 3h desta madrugada. Segundo a investigação, a menina "morreu de tanto apanhar", teve o corpo transportado em uma mala e enterrada em cova rasa.

O nome dos réus foi divulgado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O processo está em segredo de Justiça.

Conforme o MPSC, o padrasto recebeu pena maior pois já cumpria pena em regime aberto. Pesou contra os dois também as agravantes de a menina ser menor de 14 anos e ter grau de parentesco com os réus, baseada na Lei Henry Borel.

Veja as condenações abaixo:

  • Homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que tornou impossível a defesa da vítima;
  • comunicação falsa de crime;
  • Ocultação de cadáver.

Crime

O crime aconteceu em 4 de março deste ano, na casa em que a menina e os adultos moravam. O casal teria reagido de forma violenta contra a menina após ela não querer comer e indicar que iria chorar. O padrasto e a mulher agrediram a criança, principalmente na cabeça, o que provocou a morte dela.

Após o crime, os dois colocaram o corpo dela em uma mala e a levaram a uma área de mata fechada na cidade, onde a enterraram. O casal chegou a forjar que ela havia sido sequestrada, mas uma câmera flagrou eles dispensando o objeto usada para transportar o corpo.

A mãe e o padrasto, que eram investigados por maus-tratos, foram presos em 6 de março. Além dos condenados e da menina, moravam na casa o irmão da vítima menor de idade e um missionário de igreja.

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