71% dos óbitos foram de toninhas, a espécie de golfinho mais ameaçada do Brasil.
Mais de 30 golfinhos foram encontrados mortos em praias de Florianópolis em 2024, segundo levantamento feito pela Associação R3 Animal.
Dedicada ao resgate e à reabilitação de animais marinhos, a ONG revelou que a maioria dos óbitos corresponde a toninhas, uma das espécies de golfinho mais ameaçadas do Brasil.
Segundo o estudo, 71% dos golfinhos mortos eram toninhas, um pequeno cetáceo de águas costeiras rasas, onde a interação com atividades humanas é frequente e prejudicial.
Esses animais pertencem à subordem dos odontocetos, caracterizada pela presença de dentes. Comumente encontrados mortos já encalhados nas praias, os golfinhos passam por necropsia, quando possível, para identificar a causa da morte e obter informações adicionais sobre o estado da espécie.
Entre os golfinhos analisados neste ano, 45,5% apresentaram sinais de interação antrópica, sendo 60% dessas interações diretamente ligadas à pesca.
“A interação com atividades pesqueiras representa um risco significativo para essas espécies, resultando em capturas acidentais que ameaçam suas populações. Golfinhos ficam presos em redes de pesca, sofrem ferimentos graves ou até morrem”, disse Emanuel Ferreira, oceanógrafo e gerente operacional do PMP-BS/R3 Animal.
Um caso recente foi de um golfinho da espécie Stenella, encontrado morto na Praia Brava, no norte de Florianópolis, no dia 1º de novembro. Com 1,94 metros de comprimento, o animal adulto foi levado pela equipe do PMP-BS/R3 Animal ao centro da ONG para necropsia, mas a causa da morte não pôde ser identificada devido ao avançado estágio de decomposição.
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