Profissional foi suspensa das atividades de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde atua. CRM-PR apura o caso.
A médica que virou alvo de sindicância do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) após fazer postagens nas redes sociais ofensivas a pacientes se desculpou na noite desta terça-feira (24) e reconheceu que errou.
As publicações da médica Mariana de Lima Alves viralizaram no Twitter e, desde segunda-feira (23), o g1 tenta contato com a profissional. Ela respondeu a reportagem na noite desta terça-feira (24) dizendo que as postagens foram feitas quando estava cansada e estressada.
A médica é funcionária terceirizada de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A prefeitura suspendeu a funcionária enquanto o caso é apurado.
"Reconheço ter errado, especialmente pela forma como escrevi as mensagens, mas ressalto que a forma de indignação foi pensando no bem estar geral dos pacientes. Entendo que todos mereçam ótimo tratamento e foi assim que sempre agi, porém sempre me preocupei que pessoas com sintomas que deveriam ser tratados em UBS e serviços ambulatoriais pudessem causar filas que gerassem risco ao atendimento de pessoas em situações de urgência/emergência", disse a médica.
Veja acima as publicações da médica que geraram revolta nas redes sociais.
Leia a íntegra da mensagem encaminhada pela médica:
Olá
Venho aqui me desculpar pelas mensagens escritas no meu twitter sobre os meus plantões realizados no pronto socorro médico. As mensagens foram escritas em desabafo em momento de estresse e cansaço.
Peço desculpas, principalmente porque amo minha profissão e meu contato diário com os pacientes. Atendo a todos que comparecem no pronto socorro com o máximo cuidado, dedicação e respeito, sempre buscando o melhor tratamento para os sintomas apresentados.
Reconheço ter errado, especialmente pela forma como escrevi as mensagens, mas ressalto que a forma de indignação foi pensando no bem estar geral dos pacientes. Entendo que todos mereçam ótimo tratamento e foi assim que sempre agi, porém sempre me preocupei que pessoas com sintomas que deveriam ser tratados em UBS e serviços ambulatoriais pudessem causar filas que gerassem risco ao atendimento de pessoas em situações de urgência/emergência.
Também me preocupava, por exemplo, que gestantes pudessem ser melhor atendidas em uma maternidade, com todo o suporte, do que em um pronto socorro. Enfim, minha preocupação sempre foi o melhor atendimento de todos os pacientes, e reconheço que errei ao me manifestar da forma como fiz no meu twitter.
Garanto que minhas manifestações, por outro lado, nada influenciaram na forma como eu atendi meus pacientes, o que fiz sempre com todo cuidado e cumprindo minha vocação para a medicina. Isso pode ser testemunhado também por meus colegas de trabalho, a quem agradeço pelo apoio que têm me dado neste momento.
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