Clínico geral Alysson Viana de Oliveira Fonseca também está proibido de exercer cargo ou função no Sistema Único de Saúde (SUS). Cabe recurso.
O clínico geral Alysson Viana de Oliveira Fonseca, preso por gravar pacientes nuas sem consentimento um hospital de Santa Catarina e armazenar mais de 13 mil imagens de exploração sexual infantil, foi condenado a mais de 8 anos de prisão em regime fechado. A sentença também o proíbe de atuar como médico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, ele também deve indenizar quatro pacientes pelas imagens feitas sem permissão. Cada uma deve receber R$ 20 mil. A decisão é de 31 de janeiro. Cabe recurso.
O Ministério Público estuda a possibilidade de apresentar recurso para aumentar a pena, conforme o promotor Tiago Ferraz.
Advogado de defesa de Fonseca, Julivan Augusto Negrini disse que irá recorrer da decisão. Em nota, afirmou inconformidade com a sentença. "Não se mostra justa, pois desconsiderou os parâmetros legais aplicáveis ao caso" (leia íntegra abaixo).
O médico está preso desde julho de 2024. Quatro meses depois de ser levado ao presídio, teve o afastamento das funções publicado pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC). A decisão tinha validade de seis meses, com possibilidade de prorrogação. O g1 também procurou o órgão, que disse averiguar a situação.
As condenações do médico estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal.
Entenda
Fonseca passou a ser investigado após um alerta feito pelo Google. A plataforma identificou irregularidades e armazenamento de conteúdo de exploração sexual infantil, inclusive com imagens de sexo explícito, e bloqueou a conta usada por ele e enviou uma notificação ao CyberGaeco, ligado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Os armazenamentos começaram ainda em 2019, e seguiram até 24 de novembro de 2023, segundo o Ministério Público, quando foram apreendidos eletrônicos que pertenciam ao médico em operação. Veja abaixo a cronologia do caso.
Como funciona o rastreamento de imagens criminosas pelo Google
Todos os conteúdos de abuso sexual infantil on-line identificados pelo Google são denunciados ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC, sigla em inglês). A entidade é uma agência centralizadora de denúncias que opera nos Estados Unidos desde 2008.
O órgão tem como responsabilidade repassar informações sobre os crimes aos órgãos de investigação por todo o mundo, de acordo com Camila. Entre as ferramentas de combate, a empresa também conta com colaboração global, detecção de conteúdos, denúncia e prevenção de abusos.
Outros detalhes sobre a investigação não foram divulgados pela reportagem e o MPSC para não atrapalhar investigações similares futuras e os monitoramentos na internet.
O que diz a defesa
A defesa manifesta sua inconformidade com a condenação e informa que irá recorrer. A decisão proferida não se mostra justa, pois desconsiderou os parâmetros legais aplicáveis ao caso. Durante todo o processo, o acusado colaborou ativamente para a correta elucidação dos fatos e apresentou diversas provas, as quais não foram consideradas pelo Juízo. Além disso, o andamento processual foi marcado por irregularidades que comprometeram significativamente o trabalho da defesa, razão pela qual essas questões serão agora submetidas à apreciação das instâncias superiores.
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