Caso ocorreu em Urubici e município monitora 18 casos suspeitos da doença.
Um menino de 11 anos de Urubici, na Serra catarinense, morreu de hantavirose, informou a Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira (20). A criança foi mordida por um rato silvestre, conforme o secretário, Diogo Blumer.
A morte ocorreu em 7 de setembro, mas o resultado do exame saiu na noite de sexta (16). De acordo com o secretário, a criança morava em uma área rural do município.
A Vigilância Epidemiológica de Urubici monitora 18 casos suspeitos da doença. É preciso aguardar o resultado dos exames no Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen), em Florianópolis.
Segundo Blumer, há um aumento do número de ratos silvestres na região da Serra catarinense. "Urubici está tomando todas as providências, com informações e controle dos casos. Estamos em alerta em Urubici", disse o secretário.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) afirmou que, no município da Serra catarinense, houve um aumento na população dos roedores silvestres dos gêneros Akodon e Oligoryzomys, que podem ter o hantavírus.
Conforme a Dive, essa situação pode estar relacionada à floração da planta taquara cará (Chusquea mimosa variação australis), que ocorreu no final do verão.
Essa vegetação se encontra dispersa em uma extensa área de Mata Atlântica, de forma que o aumento na população de roedores silvestres pode se estender para outras regiões do estado, de acordo com a Dive.
Por causa disso, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu uma nota alertando os serviços de saúde sobre a situação.
Hantavirose em SC
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) confirmou que foi notificada sobre a morte do menino.
Neste ano, seis casos da doença foram confirmados em Santa Catarina, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive). Desse total, quatro pacientes morreram.
Além do menino de Urubici, houve mortes em Agronômica e Lontras, no Vale do Itajaí, e Caçador, no Oeste.
O que é hantavirose?
Segundo a Dive, a hantavirose é uma doença infecciosa e grave causada pelo hantavírus, presente em roedores silvestres. Ela se manifesta como uma síndrome cardiopulmonar, podendo levar à morte em 72 horas.
Em Santa Catarina, há casos da doença desde 1999.
Como a hantavirose é transmitida?
Os roedores silvestres eliminam o vírus na urina fresca, nas fezes e na saliva. A transmissão mais comum ocorre quando as pessoas inalam minúsculos aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres que se misturam na poeira.
Também é possível contrair da doença pela mordida desses animais, como ocorreu com o menino em Urubici, mas é menos comum, conforme a Dive.
A hantavirose é mais comum no meio rural. As pessoas que podem se contaminar com mais facilidade são os agricultores, pescadores, trabalhadores em áreas de reflorestamento, pessoas que vivem ou trabalham no campo e que varrem locais fechados como galpões, paióis, armazéns e casa de campo fechadas e pouco ventiladas.
Como prevenir a hantavirose?
• Evitar contato humano com rato silvestre ou seus excrementos (fezes e urina principalmente);
• Dentro de casa, coloque toda a comida em sacos ou caixas fechadas numa altura de pelo menos 40 cm do chão;
• Lave pratos e utensílios de cozinha imediatamente após o uso. Não deixe restos de alimentos no chão;
• Mantenha o local onde vivem os animais sempre limpo, recolhendo sempre a sobra de comida;
• Garantir a coleta e o destino adequado do lixo;
• O plantio de milho e outros grãos devem ser longe da casa;
• Mantenha a área em volta da casa, galpões, paióis e alojamentos sempre limpa, sem mato, pneus velhos ou outros entulhos;
• Não descanse em locais fechados com restos de alimentos ou grãos (ex: paióis);
• Antes de limpar um lugar que esteve fechado, deixe ventilar por pelo menos uma hora antes de proceder a limpeza;
• Após ventilar, umedecer com água sanitária a 10% ( 1 parte de água sanitária para 9 de água) e aguardar 1 hora antes da limpeza do local.
De acordo com a perícia, a médica usava fragmentos sobrepostos de outros laudos para alterar os diagnósticos originais, falsificando assim o laudo original para indicar o suposto câncer.
Nascido em Minas Gerais, menino come apenas comida orgânica e leite materno.
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