O mês de agosto é marcado por importantes campanhas de conscientização. Entre o Agosto Laranja, sobre a esclerose múltipla, e o Agosto Dourado, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, o calendário também prioriza o Agosto Lilás, uma forte campanha de conscientização e combate à violência contra a mulher.

O Agosto Lilás foi criado em 2016 no Brasil, com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar, além de fortalecer a divulgação da Lei Maria da Penha, que completou 18 anos no último dia 7 de agosto.

Durante o mês de agosto, diversas ações são realizadas em todo o país, alertando sobre a violência doméstica e apoiando as mulheres a denunciarem o agressor através do Disque 180 ou até mesmo nas delegacias. 

Histórias que marcam

O Oeste Mais traz duas histórias emocionantes, de vítimas da violência doméstica, que hoje se encontram internadas na clínica de reabilitação, ambientada no Hospital Santa Luzia, de Ponte Serrada, buscando ajuda após um passado traumático, e também por conta do uso de drogas .As vítimas são jovens, de 19 e 25 anos de idade, que carregam consigo marcas na alma e no corpo, de relacionamentos tóxicos e bastante conturbados, com parceiros com quem dividiram a vida.

Elas não serão identificadas por segurança. As imagens a seguir contém gatilhos emocionais. 

Números

De acordo com os dados do Observatório da Violência contra a Mulher, mais de 28 mil medidas protetivas foram requeridas em Santa Catarina em 2023. Já nos últimos 7 meses de 2024, foram 17.917.  

O feminicídio no estado catarinense chegou a 57 em 2023, e os dados deste ano mostram que, até o momento, foram registrados 32.

Já os dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, houve aumento de 9,8% entre 2022 e 2023 nos casos de violência doméstica no Brasil.

No ano passado, 258.941 mulheres foram vítimas de lesão corporal dolosa praticada pelos companheiros, o equivalente a 709 casos por dia.