Tivi São Lourenço, 21 de fevereiro de 2025
Segurança

Multidão invade viatura e lincha suspeito de matar criança de 2 anos

Homem foi retirado do carro da polícia e espancado até a morte; caso gera revolta e investigação

Por ClicRDC

Atualizado em 19/02/2025 | 10:41:00

Violência e comoção em Pernambuco
A cidade de Tabira, no Sertão de Pernambuco, foi palco de uma tragédia que chocou o país. Após a morte brutal do pequeno Arthur Ramos Nascimento, de apenas 2 anos, uma multidão enfurecida interceptou uma viatura da polícia e linchou um dos suspeitos do crime, Antônio Lopes Severo, que não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O episódio gerou grande comoção e levanta questionamentos sobre a justiça com as próprias mãos.

O crime que revoltou a população
O menino Arthur foi encontrado com diversas lesões pelo corpo e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil iniciou uma investigação e apontou como principais suspeitos do homicídio Giselda da Silva Andrade e Antônio Lopes Severo, casal que costumava cuidar da criança. Ambos já possuíam antecedentes criminais por tráfico de drogas e homicídio.

Linchamento brutal diante da polícia
Na última terça-feira, 18 de fevereiro, os suspeitos foram localizados e presos em uma área rural de Carnaíba. Durante a transferência para a delegacia de Tabira, a população revoltada cercou a viatura policial, retirou Antônio do veículo à força e passou a espancá-lo violentamente. Ele foi levado ao Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, mas não resistiu.

Vídeos do momento do linchamento circulam nas redes sociais, mostrando o momento em que dezenas de pessoas atacam o suspeito, enquanto os policiais tentam, sem sucesso, controlar a situação.

Investigação e repercussão
Diante da brutalidade do linchamento, a Polícia Civil instaurou um inquérito para identificar os envolvidos e apurar a conduta dos agentes de segurança. Segundo a delegada responsável pelo caso, a mãe do menino não estava na cidade no momento do crime e não possui ligação com o assassinato.

O caso reacende o debate sobre a violência e o desejo de vingança popular diante da impunidade. A população de Tabira, ainda abalada, cobra respostas das autoridades, enquanto especialistas alertam para os riscos de fazer justiça com as próprias mãos.

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