Fernanda Machado compartilha diagnóstico de TDPM, transtorno que afeta mulheres com sintomas severos no período antes da menstruação e muitas vezes é subdiagnosticado
A atriz Fernanda Machado, de 44 anos, muito conhecida pelo seu papel como Maria em “Tropa de Elite” e atualmente residindo nos Estados Unidos, revelou nas suas redes sociais que está enfrentando condição de saúde feminina pouco conhecida: o TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual).
A condição, uma forma severa e muitas vezes incapacitante da TPM, é frequentemente confundida com outros transtornos.
Qual diferença entre TDPM e TPM comum?
De acordo com a ginecologista JoAnn V. Pinkerton, o TDPM é uma forma grave da TPM. A especialista explica que a principal diferença entre os dois transtornos está na intensidade dos sintomas e no impacto que eles causam na vida da paciente.
Enquanto a TPM pode causar irritabilidade, inchaço e cólicas leves a moderadas, no TDPM, os sintomas são “graves o suficiente para interferir nas atividades diárias de rotina ou funcionamento geral”, tornando-se, nas palavras da especialista, uma condição “grave, angustiante, incapacitante”.
De acordo com o Manual MSD, os sintomas do TDPM aparecem sempre na segunda metade do ciclo menstrual, ou seja, na fase que vem antes da menstruação.
Esses sintomas começam a sumir ou desaparecem completamente assim que a menstruação começa ou logo depois. Depois disso, há um período em que a pessoa não sente mais os sintomas, até que o ciclo recomece.
Sintomas da TDPM
O Manual MSD explica que, para identificar o TDPM, não basta se sentir “meio pra baixo” antes de menstruar. O transtorno é bem mais sério e tem sintomas fortes e específicos.
Para receber o diagnóstico, a mulher precisa ter pelo menos cinco desses sintomas na semana antes da menstruação, e isso precisa acontecer na maioria dos ciclos ao longo de um ano.
Ou seja, não é algo que acontece de vez em quando, é algo que se repete com frequência.
Sintomas:
Oscilações de humor acentuadas, sentir-se de repente triste, chorosa ou mais sensível à rejeição;
Irritabilidade ou raiva acentuada, e aumento de conflitos interpessoais;
Humor acentuadamente deprimido, sensação de desesperança, pensamentos autodepreciativos;
Ansiedade, tensão, nervosismo, sensação de estar “no limite”;
Interesse diminuído em atividades habituais (trabalho, escola, amigos, passatempos);
Dificuldade subjetiva de concentração;
Letargia, fadiga fácil ou acentuada falta de energia;
Alteração acentuada do apetite (comer em excesso ou desejos por alimentos específicos);
Hipersonia (dormir demais) ou insônia (dificuldade para dormir);
Sensação de estar sobrecarregada ou fora de controle;
Sintomas físicos, como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de peso.
Mesmo com critérios bem definidos, descobrir que alguém tem TDPM nem sempre é fácil. Um artigo da Universidade de Harvard explica que muitas mulheres com esse transtorno acabam recebendo o diagnóstico errado.
Segundo a publicação, isso pode ocorrer de duas formas: em alguns casos, os sintomas são interpretados como variações hormonais comuns, o que pode levar à subvalorização do problema.
Em outros, o TDPM é confundido com transtornos como o transtorno bipolar, devido à semelhança na intensidade das alterações de humor. A diferença é que, no caso do TDPM, essas alterações estão diretamente ligadas ao ciclo menstrual e ocorrem de forma cíclica.
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