Tivi São Lourenço, 31 de outubro de 2024
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Oeste catarinense terá Núcleo de Tecnologia e Inovação do Leite

Há cerca de uma década esse empreendimento estava sendo reivindicado pelas entidades de representação dos produtores rurais e das agroindústrias, como a OCESC, a FAESC e as cooperativas agropecuárias.

Por ClicRDC

Atualizado em 21/07/2022 | 08:44:00

Uma antiga reivindicação da cadeia produtiva do leite será finalmente atendida. O campus da Udesc em Pinhalzinho anunciou nesta semana a contratação da obra de construção do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Leite – NCTI. A edificação terá 3.948 metros quadrados e será concluída no prazo de 540 dias ao custo de R$ 9,7 milhões. A empresa vencedora da licitação pública é a Construtora Oliveira, informa o diretor geral professor Cleuzir da Luz.

Há cerca de uma década esse empreendimento estava sendo reivindicado pelas entidades de representação dos produtores rurais e das agroindústrias, como a OCESC, a FAESC e as cooperativas agropecuárias. Essa necessidade havia sendo levantada em vários diagnósticos do Sebrae/SC como o Projeto Líder e o projeto de integração fronteiriça. O objetivo é consolidar a rota de integração do leite na faixa de fronteira, formada por 82 municípios do oeste. Essa região responde por 78% da produção catarinense de leite, o que equivale a 3 bilhões de litros por ano.

O Núcleo está orientado para a melhoria da qualidade e aumento da produtividade, além de diversificação do mix de produtos lácteos da região. A estrutura do NCTI será constituída por três segmentos: laboratório da qualidade do leite, indústria de lácteos em escala piloto e laboratório de pesquisa e inovação em leite e derivados.

O laboratório da qualidade do leite oferecerá análises para avaliação da qualidade do leite, incluído CCS (contagem de células somáticas), CPP (contagem padrão em placas), contaminantes, medicamentos e parâmetros físico-químicos. O mais importante, porém, será o credenciamento na rede brasileira de qualidade do leite do Ministério da Agricultura.

A indústria em escala piloto promoverá cursos e treinamentos, oficinas para inovação e diversificação de produtos e otimização de processos. O laboratório de pesquisa e inovação realizará pesquisa aplicada, buscará soluções para a necessidade do setor e estudará componentes, produtos e processos para toda a cadeia produtiva.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) José Zeferino Pedrozo saudou com entusiasmo o anúncio do empreendimento. “Esse investimento será muito importante, não somente para os produtores, mas especialmente para as indústrias. Era muito esperado, pois o grande oeste de Santa Catarina responde pela maior parte do leite produzido em território barriga-verde”, comemorou.

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