Atualmente há registro de mais de 16 mil casos da doença, em 75 países, com cinco mortes confirmadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado, dia 23, emergência da saúde global no caso da varíola dos macacos. No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 592 casos até a última quinta-feira, dia 21.
O diretor-geral da OMG, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que há registro de mais de 16 mil casos da doença, em 75 países, com cinco mortes confirmadas. Tedros informou ainda que, com as ferramentas disponíveis, será possível controlar o surto e parar a transmissão.
Apesar da falta de consenso entre os membros do comitê de emergência da OMS, Tedros tomou a decisão de emitir a declaração - foi a primeira vez que o chefe da agência de saúde da ONU deu tal passo.
Após o anúncio da OMS, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai se reunir com técnicos neste sábado para debater o assunto.
"Decidi declarar uma emergência de saúde pública de alcance internacional", disse Tedros em entrevista coletiva, afirmando que o risco no mundo é relativamente moderado, exceto na Europa, onde ele é alto.
A decisão deste sábado pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta.
Segundo o diretor-geral da OMS, somente metade dos países com casos registrados de varíola dos macacos tem acesso garantido às vacinas.
Sintomas
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser:
• febre
• dor de cabeça
• dores musculares
• dor nas costas
• gânglios (linfonodos) inchados
• calafrios
• exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Como se proteger
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
"Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças", disse à agência.
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