Passageira saiu de Curitiba em direção à capital gaúcha, mas precisou interromper a viagem em Joinville. Há mais de 70 pontos bloqueados em rodovias catarinenses por causa de manifestações.
Uma estudante de 19 anos relatou que está há quase 24 horas parada em um bloqueio na BR-101 em Joinville, no Norte catarinense, nesta segunda-feira (31). Ana Paula Bergamo Yokoyama, que viaja para Porto Alegre (RS), conta que idosos e recém-nascidos também estão no ônibus. "A situação está deplorável", afirmou.
A jovem saiu de Curitiba (PR), por volta das 21h de domingo (30), em direção à capital gaúcha. Por causa das barreiras, no entanto, o veículo parou em Joinville, onde está com outros ônibus no estacionamento de um restaurante, às margens da rodovia.
"A água do nosso ônibus já acabou, a situação do nosso ônibus está deplorável. O banheiro já está sem papel. Tem gente com recém-nascido, está bem complicada a situação. Tem idosos no ônibus, muitas pessoas de grupo de risco", destacou a jovem.
Ao menos 43 trechos de rodovias federais e 33 em estradas estaduais de Santa Catarina têm bloqueios por causa de manifestações nesta segunda-feira. Os atos tiveram início na noite de domingo (30) logo após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
O trajeto até Porto Alegre, segundo Ana Paula, levaria cerca de 12 horas em condições normais. A jovem, que estuda para passar no vestibular de Medicina, viaja para Porto Alegre para ficar alguns dias com a família do namorado.
"Eu ouvi gente falando que não sabia se almoçava ou jantava, porque a comida estava muito cara", comentou.
A PRF afirma que atua de forma pacífica para liberar as vias, mas desde a madrugada o número de bloqueios aumenta no estado. Além disso, o órgão não soube informar se veículos oficiais, como ambulâncias, são liberados para passar, e disse que não há liderança para negociar as liberações.
Outros relatos
O motorista de ônibus Fabio Rodolfo, de 38 anos, ficou parado em um bloqueio no pedágio de Garuva, também no Norte. Em 12 horas, ele conta que andou aproximadamente 5 km.
"Eu estou com um idoso dentro do ônibus que está tomando insulina, criança de colo, bebê chorando. Não tem o que fazer. Eu vou tentar tocar até onde der, mais um pedaço, e parar num apoio, na frente de banheiro, lanchonete, para ver que vamos decidir", comentou.
MPF se manifesta
O Ministério Público Federal (MPF) em Chapecó, no Oeste catarinense, pediu à Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina que esclareça e comprove documentalmente quais medidas concretas e efetivas estão sendo adotadas pela polícia para desobstrução das rodovias bloqueadas no estado.
O documento foi assinado nesta segunda-feira (31) e dá prazo de 24 horas para a resposta. A PRF de Santa Catarina informou que o MPF enviou o pedido à Coordenação Nacional PRF em Brasília, que deve se manifestar no período solicitado.
O órgão diz no documento que há "graves prejuízos aos usuários das rodovias" e que "as motivações para tais bloqueios mostram-se explicitamente contrárias ao estado democrático de direito, requerendo intervenção militar por mero descontentamento com o resultado das eleições presidenciais".
Segundo o MPF, a motivação dos bloqueios pode configurar o artigo 359-L do Código Penal, que é "Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito" e que a situação das interdições nas estradas e de flagrante do delito.
De acordo com a perícia, a médica usava fragmentos sobrepostos de outros laudos para alterar os diagnósticos originais, falsificando assim o laudo original para indicar o suposto câncer.
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