Tivi São Lourenço, 03 de março de 2025
Segurança

Organização criminosa que usava clube de tiro para adquirir armas de fogo no RS é alvo de operação da polícia; 20 foram presos

Grupo tem envolvimento com o tráfico de drogas, de acordo com a investigação. Chefe do esquema organizou uma fuga em massa do Presídio Central, em Porto Alegre, em 2017.

Por G1/RS

Atualizado em 05/12/2024 | 08:42:00

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (5), 20 pessoas durante uma operação contra uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas que usava um clube de tiro em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para adquirir armas de fogo.

No total, são cumpridas 94 ordens judiciais (24 mandados de prisão preventiva e 47 de busca e apreensão, além de sequestro de veículos e quebras de sigilo bancário e fiscal) em nove cidades: Novo Hamburgo, Esteio, Sapucaia do Sul, Viamão, Parobé, Canoas, Porto Alegre, São Sebastião do Caí e Sapiranga.

"A organização movimentou milhões de reais entre 2023 e 2024. A facção negociava armas de fogo, com suspeitas recaindo sobre um clube de tiro que facilitava as aquisições ilegais", de acordo com o delegado Alencar Carraro, diretor geral do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

Um dos alvos da polícia é o chefe do esquema, condenado a 176 anos de prisão por ter organizado, em 2017, um plano de fuga em massa de presos no antigo Presídio Central de Porto Alegre. Na época, a polícia descobriu um túnel, subterrâneo, por onde passariam os detentos. O criminoso acabou sendo beneficiado posteriormente com prisão domiciliar humanitária, rompeu a tornozeleira e fugiu. Ele ainda não foi recapturado.

A investigação que resultou na operação começou em 2023, quando foi localizado um "bunker" da organização criminosa em Novo Hamburgo. Dentro, a polícia apreendeu armamento, incluindo uma granada tipo morteiro e drogas.

Após, a polícia conseguiu detalhar a estrutura do grupo, que atuava com fornecedores de drogas, consórcio entre traficantes, revendedores locais e núcleo de suporte, com falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e uso de "laranjas".

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