Tivi São Lourenço, 24 de novembro de 2024
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Os peludinhos vão dominar o mundo

vão dominar o mundo

Por Oeste Mais

Atualizado em 16/02/2024 | 09:03:00

"Pode vir, Rodolfo". Enquanto esperava o atendimento da minha pet, olhei para o lado e ali estava ele, o Rodolfo, e seu acompanhante, o dono ser humano. Às vezes me pergunto se não é ao contrário a ordem, a dúvida sempre paira no ar. Enfim que Rodolfo era um cachorrinho bulldog simpático - mais do que normalmente essa raça de cães é - e estava na fila de espera para ser atendido pela veterinária, em um petshop aqui de Concórdia.

Enquanto isso, uma das atendentes distraía ou se distraía com a Isis, a minha gatinha. E a atendente buscava petisco para ela, e água, e muitas e muitas outras coisas para distrair a atenção da felina enquanto ELA aguardava o seu atendimento sem muito humor, afinal, não é do hábito dela sair e ver outras pessoas a não ser eu. Tem dias que me pergunto se ela acha isso bom ou não, porém, nunca saberei a resposta.

Rodolfo, Isis, Paçoca, Pantufa, Amendoim, Bel, Luck e mais uma infinidade de nomes que não me vem à mente agora formam o time de clientes que a cada dia mais ganham espaço no mercado, exigindo dessa forma, mais olhares do marketing para o que hoje é uma onda que cresce sempre mais: a onda da "humanização do atendimento" aos pets.

O Brasil, segundo matéria publicada no site simples.vet, ocupa o terceiro lugar no ranking de países com a maior população de pets no mundo. Só em 2023, o mercado pet brasileiro movimentou mais de R$ 60 bilhões, sendo dessa forma classificado como um dos mais promissores, inclusive globalmente.

Olhando para esses números e considerando que o número de pets adotados subiu de maneira exponencial após e durante a pandemia, em função da crescente solidão instaurada naquela época, nota-se uma oportunidade de ouro que deixa pegadas importantes para seguirmos.

Hoje os pets são considerados membros da família e o afeto que as pessoas têm por eles ultrapassa os cercadinhos do racional. É no emocional que a "magia" acontece. Atualmente, os clientes humanos desejam ter as suas expectativas sanadas em um estabelecimento voltado a animais, tanto quanto querem que o seu pequeno ou grande peludinho tenha uma experiência bacana. O cuidado aos detalhes, o carinho, o chamamento pelo nome e a organização com as fichas de cadastro são o sachê premium das estratégias marketeiras.

Ah, e não dá para esquecer de que ter um bom mix de produtos, rações de qualidade, petiscos diferenciados amplia o ticket médio, ainda mais para aqueles donos que sempre acham que o seu animalzinho não tem brinquedo suficiente para chamar de seu.

O cliente que leva o pet em um local não quer que seu pet seja só mais um, afinal em casa ele não é só mais um, ele é o Rodolfo, o Bobi, a Paçoca. E é aí que entra o pulo do gato, ou do coelho, caso você seja tutor de um. Oferecer atendimentos personalizados principalmente ao pet criando verdadeiramente uma experiência de compra pode aumentar de forma significativa o faturamento.

É claro que quem paga a conta é sempre o dono e quem leva o bônus de uma vida tranquila, digna de rainha e rei, são os pets. É claro que quem fica em casa enquanto o dono sai trabalhar para sustentar a vida de luxo dos pets são os humanos. Porém, independente disso, quem tem um animalzinho para chamar de seu parceiro prefere por serviços que representem - tanto quanto ele - o amor genuíno pelos animais.

Ronrons fraternos da dona Isis, aqui de casa, a todos os leitores da coluna de hoje!

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