Corpo de Kameron Odila Gouveia Osolinski foi encontrado em abril de 2023. Givanildo Rodrigues Maria responde por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.
Começa nesta quarta-feira (9) o julgamento de Givanildo Rodrigues Maria, acusado de estuprar e matar a enteada, Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos. A morte aconteceu em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná, em abril de 2023.
Antes de o corpo da criança ser encontrado, Kameron chegou a ser dada como desaparecida pela Polícia Civil (PC-PR). O homem confessou o crime e disse que matou a enteada asfixiada.
Givanildo responde por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Ele está preso desde 29 de abril.
O julgamento ocorre no Fórum Estadual de Antonina e será com as portas fechadas. Só poderão acompanhar os familiares da vítima e do réu.
Foram convocadas 18 testemunhas de defesa e acusação. A expectativa é que o júri dure dois dias.
Por meio de nota, o advogado Cristiano Dias Souza, responsável pela defesa de Givanildo, afirmou que espera que o julgamento seja "justo, respeitoso ao sistema processual, ao contraditório e a amplitude de defesa".
O desaparecimento
Segundo o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), Kameron desapareceu no dia 26 de abril na região da PR-405, em Ipanema, comunidade rural do município de Guaraqueçaba.
O desaparecimento chegou a ser divulgado pela prefeitura. Na ocasião, a administração municipal disse que a menina tinha saído de casa pela última vez para fazer atividades da escola na casa de uma colega.
À Polícia Militar, a família contou que, ao dar falta da menina, começou a ligar para o celular dela. Familiares disseram à corporação que uma pessoa chegou a atender o telefone da criança e desligou.
As buscas por Kameron contaram com apoio da comunidade, polícia e Defesa Civil. O corpo dela foi encontrado um dia depois do desaparecimento, também em Guaraqueçaba.
Após o corpo da menina ser encontrado, Givanildo foi encaminhado à delegacia. Ele foi preso em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.
Inicialmente, Givanildo havia negado o crime. Em interrogatório à Polícia Civil, depois de ser preso em flagrante, o padrasto disse ao delegado Isaias Fernandes Machado que não matou a criança. Afirmou, também, que estava "com a consciência tranquila".
No mesmo interrogatório, o homem também foi questionado sobre ter um comportamento possessivo com a criança, conforme declarações de testemunhas. Ele negou.
Um dia depois, ele foi solto por determinação do juiz Jonathan Cheong, que entendeu não existir sinais de que o padrasto, apesar de suspeito, pudesse destruir alguma prova ou fugir da cidade.
Quando a soltura de Givanildo foi cumprida, a Justiça também negou um pedido do Ministério Público (MP-PR) para transformar a prisão do suspeito em preventiva.
No dia seguinte, o homem procurou a Polícia Militar, que o encaminhou para a Polícia Civil. Na Delegacia de Paranaguá, à corporação, Givanildo confessou o crime.
À polícia, ele afirmou que asfixiou a menina durante o abuso sexual e, em determinado momento, percebeu que ela estava morta. Na ocasião, ele deu detalhes ao delegado sobre como descartou o corpo da vítima.
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