Tivi São Lourenço, 30 de janeiro de 2025
Gerais

Polícia Científica identifica corpo de homem desaparecido há mais de 10 anos em Chapecó

Corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado na época, mas não foi identificado por familiares.

Por Oeste Mais

Atualizado em 29/01/2025 | 09:35:00

A Polícia Científica identificou nesta semana o corpo de um homem desaparecido há mais de uma década no município de Chapecó, no Oeste catarinense. Segundo o órgão, a vítima estava desaparecida desde maio de 2013 e um cadáver em avançado estado de decomposição foi encontrado na época, mas que não havia sido reconhecido nem reclamado por familiares. O corpo foi sepultado três meses após ser encontrado.

A identificação foi possível graças ao Programa Conecta, que utiliza tecnologia avançada para localizar pessoas desaparecidas e identificar corpos sem identidade definida.

O trabalho começou em setembro de 2024, durante a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça. Durante a revisão de casos antigos, a Polícia Científica de Chapecó encontrou registros compatíveis com o desaparecimento do homem, levantando a hipótese de identificação.

Com base nisso, familiares do desaparecido foram entrevistados, e os dados genéticos, características físicas e odontológicas foram coletadas. A análise inicial indicou semelhanças entre o corpo sepultado e levando à exumação da ossada em novembro de 2024.

A ossada foi enviada para Florianópolis, onde peritos do Setor de Antropologia Forense e Odontologia Legal confirmaram a identidade com base em características físicas, como uma amputação no dedo indicador direito, fraturas antigas, deformação no braço e tratamentos odontológicos.

Esse foi o primeiro caso solucionado pelo Programa Conecta sem a necessidade de análise genética.

“Essa identificação é mais um exemplo da importância da participação de familiares de pessoas desaparecidas no Programa Conecta, permitindo que unamos as informações fornecidas pelos familiares com os conhecimentos das ciências forenses para a resolução de casos que, por anos, permanecem sem respostas”, ressalta a perita criminal, Patrícia Monteiro, responsável pelo Programa.

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